SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quinta-feira (24) que liberou US$ 3,5 milhões do fundo de emergência da organização para compra e transporte de materiais de assistência médica à Ucrânia.

"Eu estou de coração partido e muito preocupado com a saúde das pessoas na Ucrânia na crise", disse em comunicado publicado em sua conta no Twitter. "Eu peço por paz e acesso contínuo para a entrega de assistência humanitária na Ucrânia. Liberei mais US$ 3,5 milhões do Fundo de Contingência para Emergências para comprar e entregar material médico urgente. Isso se soma a suprimentos que já havíamos posicionado em instalações de saúde", escreveu.

A operação anunciada por Putin nesta quinta teve como alvo cidades que não estavam apenas nas regiões rebeldes que ele prometeu defender em seu pronunciamento. Ainda não se tem certeza se infraestrutura médica e hospitalar foram atacadas. Antes mesmo da invasão, já se viam refugiados que deixavam a Ucrânia, principalmente das áreas rebeldes a leste do país, foco dos atritos há meses.

"Como parte do papel da OMS em documentar ataques à saúde, nós continuaremos a monitorar e reportar esses incidentes", afirmou também o diretor.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, a Ucrânia tem atualmente pouco mais de 5 milhões de casos confirmados de infecção pelo coronavírus, e 112.173 mortes confirmadas. Os dados da universidade também apontam que apenas 34,29% dos cerca de 44 milhões de habitantes do país está completamente vacinada.