SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Chay Suede, 29, falou sobre a preocupação com a chegada de seu segundo filho em meio aos acontecimentos pelos quais passam o mundo e o país. Ele a mulher Laura Neiva, 27, já são pais da menina Maria, de 1 ano.

"Preocupa, claro, porque, querendo ou não, a incerteza do momento atual é algo que me deixa ansioso, me tira do sério, me deixa reflexivo em um lugar super negativo", afirmou o ator em entrevista à revista RG. "Me preocupo em ver meus filhos crescendo neste mundo esquisito."

"Mas, ao mesmo tempo, penso que o mundo precisa de gente boa e é isso que quero oferecer para o mundo: pessoas boas", contou. "Que meus filhos contribuam, de alguma maneira, para que este mundo doido seja menos doido daqui a umas duas gerações."

O ator conta que, ao contrário de alguns colegas do meio artístico, não tem problemas em se manifestar sobre os rumos políticos do Brasil. Ele lembra que, em 2018, participou de movimentos contrários à eleição do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).

"A minha opinião sobre Bolsonaro é a mesma daquela época, continuo achando a mesma coisa sobre ele", disse na entrevista. "Só que, agora, infelizmente, colhendo as consequências de ele ter sido eleito presidente do Brasil. Então, isso se agrava."

Ele diz que costuma manifestar sua opinião quando acha que pode contribuir com algo. "Em 2018, eu achava que seria útil, de alguma maneira", avaliou. "Não sei se fui, mas me posicionei quando ainda era possível não elegê-lo. Acho que se posiciona quem, realmente, tem algo importante a dizer. Você se posicionar apenas por se posicionar, eu acho uma obrigatoriedade vazia."

Perguntado sobre o que deseja para os próximos meses, ele respondeu do ponto de vista individual e coletivo. "Eu desejo que a gravidez da Laurinha, pensando na minha vida, continue correndo bem, que o meu filho nasça com muita saúde, que a gente continue juntos e se amando e se cuidando sempre", começou.

"E, para o mundo, desejo saúde, cura desse vírus terrível, realmente que as pessoas sejam vacinadas, que a gente atinja logo um nível de vacinação considerável aqui no Brasil e que a gente já possa ir retomando nossa vida e nosso trabalho", prosseguiu. "E para 2022 e os próximos anos, eu desejo um Brasil sem Bolsonaro, de verdade."