BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A cúpula da CPI da Covid decidiu ingressar na Justiça Federal com um pedido cautelar de bloqueio de recursos da empresa Vitamedic para ressarcir os cofres públicos.

O laboratório multiplicou as suas vendas de ivermectina durante a pandemia, mesmo após haver comprovação científica de que o medicamento não é eficaz no tratamento da Covid-19. Além disso, a Vitamedic destinou R$ 717 mil para financiar manifestos em defesa do chamado tratamento precoce.

Em depoimento à CPI da Covid, o diretor Jailton Barbosa reconheceu que a desenvolvedora do medicamento, a americana Merck, publicou estudo no qual atesta que a ivermectina não é eficaz para o tratamento da Covid-19.

Embora tenha ressaltado que não mantém contratos com o governo federal, Barbosa reconheceu que fornece seus produtos, entre eles a ivermectina, para estados. Por isso, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), decidiu pedir a medida cautelar, pedido que foi acatado pela direção da CPI.

"Em que pesem as tentativas do depoente de informar que apenas atendeu a demanda do mercado, essas compras são claras violações ao interesse público e às normas que regem as compras públicas no país", disse o senador.

"Eu sugiro que seja feito um pedido cautelar à Justiça Federal pra que bloqueie recursos suficientes pra garantir o ressarcimento aos cofres públicos enquanto durar essa investigação. Eu acho que essa é uma medida cautelar que a CPI deve tomar", completou.

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