SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O cientista social Luiz Carlos Ramiro Júnior foi nomeado para chefiar a Fundação Biblioteca Nacional nesta terça-feira. O cargo estava vago havia mais de um mês, desde a saída do monarquista Rafael Nogueira, que foi para a Secretaria Especial da Cultura.

Ramiro Júnior já fazia parte do quadro da Biblioteca Nacional --ele era coordenador geral do Centro de Pesquisa e Editoração, função da qual foi exonerado.

Num vídeo em seu perfil no Instagram, Ramiro Júnior defende a ideia de que o Rio de Janeiro deveria ser a segunda capital do país, porque "isso é necessário para o Brasil". Segundo ele, há países como Holanda, China, Rússia e Alemanha que, extraoficialmente, "têm mais de uma capital". Junto a outros autores, assinou um livro chamado "Rio, 2º Distrito Federal", lançado no ano passado.

Ele também tem um canal no YouTube no qual discute política. Em vídeo publicado durante a pandemia, afirmou que vivíamos uma guerra bioideológica e que havia exagero nas medidas de contenção tomadas. Levantou desconfiança de que o vírus poderia ser uma arma biológica e disse que a doença não mata idosos sem comorbidades, crianças e nem mulheres grávidas.

Ramiro Júnior também tem flerte com ideias conservadoras. Em novembro, participou de uma conversa sobre a mentalidade conservadora com o monarquista Alex Chatarino, autor do livro "Russel Kirk - O Peregrino na Terra". Seu doutorado, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, teve como tema o pensamento político de João Camilo de Oliveira Torres, autor de "O Elogio do Conservadorismo".

Nascido em Joinville, em Santa Catarina, é graduado em ciências sociais e direito, com mestrado e doutorado em ciência política. Estudou também na Universidade Paris 10 - Nanterre e foi pesquisador visitante do Instituto Max Planck em Frankfurt.