SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As companhias aéreas embarcaram na pressão do Cade para elevar o escrutínio sobre a Petrobras no momento de alta da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

Abear, Iata e Jurcaib, associações que representam empresas aéreas domésticas e internacionais, elaboraram um pedido à autarquia para que o tema do querosene de aviação seja incluído e detalhado no âmbito do inquérito administrativo do Cade que apura possíveis abusos da estatal no mercado de combustíveis.

O aumento do preço do combustível dos aviões tem sido tratado no setor aéreo como uma dor de cabeça muito preocupante porque tem potencial de elevar o valor das passagens a um nível capaz de inibir o consumo e provocar um corte na oferta de voos.

E isso acontece no momento em que o setor ainda não tinha conseguido se reerguer do baque sofrido na pandemia.

A avaliação é que há um monopólio de fato na produção e na importação do querosene de aviação pela Petrobras com a infraestrutura de refino e movimentação de petróleo e derivados, além de participação dominante na importação dos principais derivados.