Com previsão de frio recorde, São Paulo cria estrutura para acolher população de rua
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terça-feira, 27 de julho de 2021
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo vai montar uma força-tarefa para acolher pessoas em situação de rua a partir desta quarta-feira (28), quando está prevista a chegada da maior onda de frio dos últimos 27 anos.
A estrutura prevista inclui a montagem de cinco tendas para distribuição de sopa, cobertores, agasalhos e kits de higiene. As tendas serão montadas nas praças da Sé e Princesa Isabel, ambas na região central; na praça Barão de Tietê, na Mooca (zona leste); na praça Salim Farah Maluf, em Santo Amaro (zona sul); e na praça Miguel Dell'erba, na Lapa (zona oeste).
A previsão da prefeitura é fornecer 5.000 pratos de sopa por noite nessas tendas, além da distribuição de 3.200 toneladas de agasalhos e cobertores, em parceria com a Cruz Vermelha, além de kits de higiene.
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Equipes do Programa Consultório na Rua, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, farão visitas a essas tendas para eventuais atendimentos médicos. Também serão disponibilizados ônibus para transportar as pessoas que desejarem ser acolhidas e pernoitar nos centros oferecidos pela prefeitura.
A partir de quarta, também estão previstas mais 817 vagas para acolher a população em situação de rua em abrigos, hotéis e centros esportivos, como o Pelezão, na Lapa. Essas vagas vão se somar às 340 já disponíveis dentro da Operação Baixas Temperaturas, segundo a prefeitura.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a temperatura mínima de 14ºC prevista para esta terça-feira (27) deve despencar para 8ºC na madrugada de quarta. E chegar a 3ºC na sexta-feira (30), quando a máxima não deve passar de 15ºC. Esta será a terceira onda de frio deste inverno. Na semana passada a cidade de São Paulo teve geadas.
A prefeitura organiza a Operação Baixas Temperaturas sempre que os termômetros marcam índices inferiores a 13ºC na cidade. Neste ano, já acolheu 5.315 pessoas nas madrugadas em maio, 5.412 em junho e 4.702 até o dia 25 de julho.
O censo da população de rua mais recente feito na cidade, em 2019, localizou 24,3 mil pessoas sem lar, um salto de 53% em quatro anos, considerando os 15,9 mil do levantamento anterior, de 2015.