SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo colombiano anunciou que, a partir desta quarta-feira (23), não exigirá mais o uso de máscaras ao ar livre em regiões onde mais de 70% da população tenha sido vacinada contra a Covid-19. A medida, portanto, valerá para a capital Bogotá, onde segundo as autoridades locais mais de 94% das pessoas com mais de 12 anos já estão com o primeiro ciclo vacinal completo.

A medida é um incentivo para que as pessoas se vacinem. De acordo com a plataforma Our World in Data, 65% dos colombianos receberam as duas doses dos imunizantes contra a doença, mas o governo pretende vacinar ao menos 80% dos mais de 50 milhões de habitantes do país.

A nova regra, porém, não vale para o transporte público, que segundo o ministro da Saúde colombiano, Fernando Ruiz, tem um risco maior em comparação com os demais locais, uma vez que "há ali uma proximidade e aglomeração e, em geral, não há [boas] condições de ventilação." De acordo com a imprensa local, o piso de 70% de vacinação se aplica a 451 municípios do país, dos mais de mil.

Ainda na América do Sul, o Paraguai anunciou um dia antes o fim de todas as restrições sanitárias impostas para conter a pandemia, com exceção do uso de máscaras em locais fechados e outros abertos onde não é possível manter o distanciamento. As autoridades creditaram a medida à "melhora da situação epidemiológica no país", ainda que apenas 44% dos paraguaios tenham recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19.

Na prática, segundo um porta-voz do governo, as restrições não serão renovadas em março, o que acarreta o fim das normas de contenção. "Isso não significa que a situação de emergência acabou", alertou. "Vamos focar no incentivo total à vacinação porque essa é a chave para sairmos disso, sem mais restrições para os cidadãos e sim vacinas", acrescentou.

O governo paraguaio também ordenou o retorno das aulas presenciais em todos os estabelecimentos de ensino do país e avisou que todas as crianças de 5 a 12 anos serão vacinadas nas escolas. Na segunda (22), o Paraguai registrou uma média móvel de 33 mortes pela doença.