SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo cobrou judicialmente o prefeito Ricardo Nunes (MDB) por um débito de cerca de R$ 14 mil em IPTU de um apartamento na Cidade Dutra (zona sul de SP).

Em agosto, a execução fiscal ameaçava penhorar os bens do prefeito se ele não quitasse os débitos e honorários advocatícios decorrentes da cobrança.

Os débitos se referem a um apartamento num condomínio de classe média na zona sul, pelos anos de 2018, 2019 e 2020. Embora não estivessem vencidas, as parcelas de 2021 também estavam em aberto.

O apartamento foi comprado em 2003 pelo prefeito, mas atualmente ele mora em outro imóvel. Segundo a última declaração, ele tem R$ 4,8 milhões em bens, incluindo esse apartamento na Cidade Dutra.

A reportagem procurou a Prefeitura de São Paulo para saber o que Nunes tinha a dizer a respeito do débito em aberto. Os questionamentos foram enviados por email na quinta-feira (9), às 17h20. A dívida foi quitada no mesmo dia, por volta das 19h.

A assessoria do prefeito apresentou duas notas: uma no valor de R$ 16,4 mil e outra de R$ 2.900 mil. Os valores superam o débito do IPTU pois incluem encargos, além da cobrança deste ano.

Segundo auxiliares do prefeito, a partir do pagamento também é cancelada também a execução fiscal.

As prefeituras costumam abrir processos de execução fiscal quando os débitos são inscritos na dívida ativa, caso das cobranças de IPTU do prefeito.

Havia outra execução fiscal contra o prefeito relativo a um imóvel de Campinas, no valor de R$ 28 mil, que também foi quitado.

"A Prefeitura, por meio da Secretaria Especial de Comunicação Social, informa que o imóvel de São Paulo está alugado e a imobiliária responsável por algum motivo não providenciou o pagamento, mas o débito já foi quitado. A dívida referente ao imóvel situado em Campinas, da mesma forma, também já foi quitada", diz a nota da prefeitura.