SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo ampliou o número de postos para a vacinação de crianças contra a Covid-19 neste sábado (22). Por isso, todas as 469 UBSs da capital estarão em operação para realizar exclusivamente a imunização pediátrica.

Seguindo as orientações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), crianças de 5 anos e aquelas com imunossupressão receberão a dose da Pfizer pediátrica. Já os pequenos de 6 a 11 anos serão imunizados com a Coronavac, que foi liberada para o uso infantil nesta quinta-feira (20).

Para consultar as unidades disponíveis para a vacinação, é preciso acessar a página Vacina Sampa. Além disso, os pais que quiserem observar o movimento das unidades de saúde podem consultar a plataforma De Olho na Fila.

A vacinação ocorre, neste sábado, das 8h às 17h nas UBSs e das 8h às 19h nas AMAs/UBSs Integradas. Os pequenos devem estar acompanhados de um responsável maior de 18 anos e apresentar um documento de identificação (CPF, de preferência), comprovante de residência e carteirinha de vacinação.

Já no domingo (23), a imunização será para pessoas com mais de 12 anos em farmácias na avenida Paulista (nº 2.371 e 266), das 8h às 16h. Cinco parques também integram a campanha de imunização, das 8h às 17h, o parque do Guarapiranga, o do Carmo, o Villa-Lobos, o da Independência e o da Juventude.

Na segunda-feira (24), a campanha continua. Para crianças de 5 a 11 anos, acontece em todas as 469 UBSs. Maiores de 12 anos devem procurar os megapostos e drive-thrus.

Na quinta-feira (20), a cidade de São Paulo recebeu um lote de 801.560 doses da Coronavac, que estão em distribuição às unidades de saúde. Já foram aplicadas 21.173 doses no público de 5 a 11 anos, segundo a gestão municipal.

No total, a capital já aplicou 25.288.238 de doses, sendo, 10.732.668 primeiras doses, 10.072.504 segundas doses, 334.845 doses únicas (Janssen) e 4.148.221 doses adicionais.

A vacinação contra a Covid-19 na faixa de 5 a 11 anos teve início no dia 14 de janeiro no estado de São Paulo. Porém, só estava disponível para crianças com comorbidades, deficiências, e indígenas e quilombolas. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos, que mora no estado de São Paulo, onde faz tratamento para uma doença genética.

A divulgação do cronograma de vacinação para crianças de 5 a 11 anos de fora dos grupos prioritários, no entanto, só foi feita nesta quinta-feira (20), após a Anvisa liberar o uso da Coronavac em jovens de 6 a 17 anos.

O pedido do Instituto Butantan, na verdade, era para utilizá-la no público de 3 a 17 anos. No entanto, a agência reguladora entendeu que não existem dados suficientes para vacinar menores de 3 a 5 anos. A avaliação também vetou o uso do imunizante em crianças e adolescentes imunocomprometidos.

Além disso, a Anvisa aprovou que a dose aplicada em crianças seja a mesma que a utilizada em adultos, com o intervalo de 28 dias entre as duas doses.

O governo de São Paulo reservou 8 milhões de doses de Coronavac para o uso em crianças, segundo informou o Butantan nesta quinta --há outros 7 milhões de doses prontas à disposição do governo federal ou de outros estados que desejarem fechar contrato. A vantagem do imunizante é sua disponibilidade de doses, já que parou de ser usado pelo governo federal na imunização dos adultos.

Antes desta quinta, apenas a Pfizer estava autorizada para os pequenos --o aval da Anvisa foi dado em 16 de dezembro, para imunizar crianças de 5 a 11 anos, com oito semanas de intervalo entre a primeira e segunda doses. O produto já era aprovado para os de 12 ou mais anos.