Carnaval em SP deve ter público reduzido para 70% da capacidade do sambódromo
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Carnaval no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, deverá ser realizado neste ano com 70% do público comportado em suas arquibancadas e também nos camarotes, diante da apreensão com o alastramento da Covid-19.
A medida foi discutida nesta segunda-feira (17) durante reunião entre a prefeitura e a Liga Independente das Escolas de Samba e deve integrar o relatório final de protocolos para o evento. A previsão é que o documento fique pronto entre quarta (19) e quinta-feira (20).
As autoridades sanitárias da capital paulista não trabalham com a hipótese de cancelamento do evento como ocorreu com o Carnaval de rua e se dizem preocupadas em garantir a realização do espetáculo com segurança em meio à alta de casos de Covid-19.
"A Liga gostou de todas as recomendações que a Vigilância [Sanitária] passou, e a Vigilância gostou das sugestões da Liga, na íntegra", afirma o chefe de gabinete da SPTuris e presidente da comissão de Carnaval da prefeitura, Gustavo Pires.
O percentual de 70% de ocupação é o mesmo adotado para estádios que recebem partidas do Campeonato Paulista, conforme determinação do governo estadual anunciada na semana passada.
Na mesma linha, a gestão do governador João Doria (PSDB) recomendou a municípios a redução em 30% do público em eventos com aglomeração.
Como antecipado pela coluna na semana passada, o protocolo final do Carnaval no sambódromo paulistano deve incluir o uso de máscara na avenida e a diminuição de 2.000 para 1.500 foliões por escola.
Também haverá a exigência de comprovante vacinal e a exclusão do quesito harmonia na apuração já que, com a boca dos integrantes encoberta, seria impossível avaliar o canto.
Mesmo com 68% da população brasileira com o primeiro ciclo vacinal contra a Covid-19 completo, a chegada da variante ômicron acabou com a esperança de que 2022 tivesse Carnaval de rua.
Em São Paulo, a realização dos blocos de rua foi cancelada pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) neste mês, assim como aconteceu em outras cidades. Cerca de 680 blocos chegaram a se inscrever para a folia paulistana.

