BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O site Terça Livre recebeu US$ 315 mil dólares de 2019 até agosto deste ano por meio da monetização de seu canal no YouTube. Na cotação do dólar nesta quinta (21), os repasses alcançam R$ 1,7 milhão no período.

As transferências da plataforma foram paralisadas após o ministro Luis Felipe Salomão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), suspender a monetização de canais investigados por disseminar desinformação.

O site tem como sócio o influenciador bolsonarista Allan dos Santos cuja prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito das milícias digitais.

O ministro também atendeu o pedido da Polícia Federal e quebrou os sigilos telemático e de transações financeiras de Allan dos Santos.

Segundo a PF, Allan dos Santos por meio do Terça Livre é como um ponto de referência para a construção do discurso com ataques diretos a instituições e autoridades e se vale de uma "estrutura empresarial extremamente lucrativa, a partir da monetização de conteúdo divulgado pela rede mundial de computadors"

A PF argumenta ao pedir as quebras que o influenciador bolsonarista integra uma organização criminosa "voltada à prática dos crimes de ameaça, incitação à prática de crimes, calúnia, difamação, injúria e outros".

Além disso, segundo os investigadores, Allan dos Santos tem ocultado e dissimulado a "origem, movimentação ou propriedade de valores decorrentes da atividade criminosa, por meio da utilização de serviços de doação das plataformas da rede mundial de computadores".