SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os deputados dos EUA aprovaram, nesta terça-feira (18), o projeto de lei que prevê a coibição de crimes de ódio contra asiático-americanos e cria orientações sobre como mitigar o uso de linguagem racialmente discriminatória para descrever a pandemia de coronavírus.

A proposta, apresentada em março por Mazie Hirono, senadora do Havaí de origem japonesa, ocorreu dias antes do ataque a tiros que provocou oito mortes —incluindo de seis mulheres asiáticas— em Atlanta.

Com 364 votos favoráveis e 62 contra, todos de deputados republicanos, a legislação também visa criar formas mais assertivas de investigação contra práticas como a do ex-presidente Donald Trump, que usou expressões como "kung flu" e "vírus chinês" para se referir ao coronavírus.

O deputado republicano Jim Jordan, de Ohio, opôs-se ao projeto de lei sob o argumento de que os ataques contra asiático-americanos ocorreram em "cidades democratas", que, segundo ele, defendem cortes no financiamento da polícia e agora estariam atuando para criar "uma polícia do discurso".

A oposição republicana na Câmara contrasta com o amplo apoio bipartidário que o projeto recebeu no Senado americano no mês passado —94 votos a 1. O texto agora precisa ser assinado pelo presidente Joe Biden para se tornar lei, o que deve ocorrer até o final da semana, segundo a Casa Branca.