BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta hospitalar na manhã desta terça-feira (29) em Brasília.

Ele se sentiu mal na noite de segunda-feira (28) e precisou ir para o hospital realizar exames. O mandatário foi encaminhado ao Hospital das Forças Armadas, após sentir um desconforto no estômago, segundo o ministro Fábio Faria (Comunicações).

Segundo auxiliares palacianos, o chefe do Executivo ainda viajará pela manhã a Ponta Porã (MS), onde participará de uma cerimônia de regularização fundiária. Mantida a agenda, ele volta para Brasília às 13h. ​

O chefe do Executivo era aguardado para participar da cerimônia de filiação ao Republicanos de dois de seus ministros: o titular da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

A mesa dos convidados inclusive continha uma plaquinha de identificação com o nome de Jair Bolsonaro, que depois foi retirada.

Durante a sua fala no evento, Marcos Pereira, presidente do Republicanos, surpreendeu ao informar que Bolsonaro havia faltado ao evento para realizar exames, sem dar mais detalhes na ocasião.

Apenas após o evento o deputado federal informou brevemente do que se tratava.

"Ele estava fazendo exames com os médicos da Presidência. Foi o que me informaram. Ela [Michelle Bolsonaro] estava até preocupada querendo ir embora logo para poder ir lá", disse o parlamentar.

"Falaram que ele estava com refluxo e dor no estômago", completou.

Ao deixar o evento, Michelle apenas disse que seu marido "está bem, graças a Deus".

Em janeiro deste ano, Bolsonaro ficou internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, por três dias, devido a uma obstrução intestinal.

O presidente interrompeu as férias em Santa Catarina após sentir dores abdominais. O problema no intestino é consequência da facada sofrida quando Bolsonaro era candidato à Presidência, durante as eleições de 2018.

Segundo o presidente, a obstrução aconteceu porque ele não mastigou camarões que comeu.

Os médicos cogitaram, na época, a possibilidade de uma intervenção cirúrgica. Entretanto a obstrução se desfez e uma cirurgia foi descartada. O presidente reagiu bem à dieta líquida. Ele chegou a utilizar uma sonda nasogástrica.

Inicialmente, o presidente recebeu antibióticos, hidratação e reposição de glicose e eletrólitos (especialmente sódio e potássio) para que seu intestino voltasse a funcionar.

Em julho de 2021, Bolsonaro também foi internado em São Paulo com obstrução no intestino. O presidente teve alta alguns dias depois e não passou por cirurgia.