SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Jair Bolsonaro (PL) ficará frente a frente pela primeira vez com a delegada Denisse Ribeiro, responsável pelos principais inquéritos que miram o presidente, alguns de seus familiares e apoiadores da chamada ala ideológica.

O ministro Alexandre de Moraes deu prazo até o próximo dia 28 de janeiro para o presidente depor à PF sobre o vazamento do inquérito que investiga o ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A investigadora já pediu a prisão de apoiadores de Bolsonaro e buscas na Secretaria de Comunicação da Presidência, além de ter solicitado no final do ano passado a inclusão do próprio Bolsonaro no inquérito das milícias digitais.

Além de conduzir a apuração sobre o vazamento do caso do TSE, a delegada cuida do inquérito das fake news, das milícias digitais e da live em que o presidente atacou sem provas a segurança das urnas.

A delegada é vista como linha dura dentro do órgão e não é próxima da atual direção-geral. Ela atuou em casos de repercussão como a operação Acrônimo, em 2015, que mirou o então governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT).

Ela é a primeira mulher na história a entrar no Comando de Operações Táticas, o COT, grupo de elite da PF cujo treinamento e testes para entrada reprovam boa parte dos interessados.