BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (19) que a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) pode disputar uma vaga no Senado pelo estado de São Paulo. "Eu posso adiantar uma possível senadora para São Paulo. [A] ministra Damares. Deixo bem claro que é possível candidata ao Senado, não está batido o martelo. O convite foi feito", afirmou Bolsonaro, durante entrevista para a TV Jovem Pan.

O mandatário afirmou ainda que discutiu a possibilidade com o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), pré-candidato ao governo paulista.

"O Tarcísio gostou dessa possibilidade, conversei com a Damares e ela ainda não se decidiu".

Aliados do presidente, entre eles a primeira-dama Michelle Bolsonaro, aventaram nos últimos dias uma possível candidatura de Damares pelo Amapá. A ministra tem domicílio eleitoral em São Carlos (SP).

Nas negociações sobre a entrada de Bolsonaro no PL, o presidente vinha destacando que um palanque em São Paulo --maior colégio eleitoral do país-- era uma prioridade nas negociações.

A base bolsonarista no estado, no entanto, está rachada. Embora Bolsonaro defenda a candidatura de Tarcísio, seguidores mais radicais trabalham pelo nome do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.

Na mesma entrevista, Bolsonaro respondeu uma pergunta do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre sua possível escolha para vice.

"Logicamente tem um vice que é do coração e da razão também que a gente vai anunciar na hora certa", afirmou Bolsonaro. Hoje o principal cotado para a candidatura a vice é o ministro da Defesa, general Braga Netto.

Ele também minimizou a aproximação do seu governo com partidos do centrão e afirmou que não é possível criticar os parlamentares dessas legendas como se eles fossem "malvadões".

"Olha, o centrão aqui são alguns partidos que, somados, dão em torno de 300 parlamentares Se eu tenho que aprovar uma proposta de emenda à Constituição de 308 votos, querem que eu converse com quem?", disse Bolsonaro.

Agora, você não pode generalizar, criticar o centrão como se ali fossem deputados malvadões. Eu fui de partidos do centrão. Fui do PP, fui do PTB, fui do PFL. Aí nós temos que trabalhar com essas pessoas".