BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Nas grades que bloqueavam os acessos, nas proximidades dos caminhões estacionados, nos churrascos e cervejadas na Esplanada: em todos esses espaços, a regra dos bolsonaristas que compareceram à manifestação em Brasília nesta terça-feira (7) era ignorar o uso de máscaras.

O comportamento desses manifestantes era idêntico ao do presidente, negacionista contumaz da pandemia, de vacinas e das medidas de proteção e distanciamento.

Por volta das 13h, manifestantes procuraram alguns quiosques que ficam entre os prédios principais e os anexos dos ministérios. O cardápio ia de cachorro quente e hambúrguer a prato feito.

Novos flagrantes de desobediência de regras sanitárias puderam ser observados.

Isso não significa que o equipamento de proteção foi ignorado como um todo. Muitas pessoas, especialmente famílias e os mais velhos, usavam máscaras.

O que não houve, em uníssono, foi alguma preocupação com o distanciamento entre as pessoas. As aglomerações se repetiam nas grades, no carro de som usado por quem discursava e nos espaços de festa com churrasco, bebida alcoólica e música sertaneja.

No protesto organizado pela esquerda contra o governo, que ocorreu na Torre de TV, também era possível ver pessoas sem máscaras ou usando-a de forma incorreta.

Embora mais vazia e com avisos frequentes dos organizadores para manter o distanciamento, os participantes ficaram aglomerados próximos ao carro de som durante boa parte do ato.