SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os mercados de ações e de câmbio do país realizavam correções nesta sexta-feira (19) após uma sequência de resultados que refletem a percepção de aumento do risco fiscal do país devido às perspectivas de aumentos de gastos do governo e de piora da atividade econômica.

Às 11h12, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores, subia 0,68%, a 103.125 pontos. O dólar caía 0,355, a R$ 5,5490.

Na véspera, a Bolsa caiu 0,51%, a 102.426 pontos, a pior marca desde 6 de novembro de 2020 e renovando a mínima que havia sido alcançada na quarta-feira (17). Já a moeda americana teve a quarta alta consecutiva, acumulando avanço de 3,05% em uma semana. Leia a notícia completa aqui.

O mercado teme o prolongamento das discussões sobre a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios no Congresso e que isso leve o governo a adotar medidas que tragam maior descontrole das contas públicas.

A PEC, que autoriza o presidente de Jair Bolsonaro (sem partido) a furar o teto de gastos e a dar um calote nas dívidas judiciais da União em 2022, é tolerada pelo mercado como uma saída para que o governo consiga pagar o Auxílio Brasil e, assim, possa fechar o Orçamento do próximo ano.

"Em dia sem um condutor principal entre as notícias, o mercado está fazendo uma correção depois dos últimos pregões de alta do dólar", disse o analista-chefe da Toro Investimentos, Rafael Panonko.

O petróleo Brent recuava 2,73%, a US$ 79,02 (R$ 438,27). Desde 1º de outubro deste ano o barril da commodity não fecha abaixo de US$ 80.