SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A partir desta sexta-feira (22), as bilheterias das estações Belém, da linha 3-vermelha do Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo), e da estação Granja Julieta, da linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), estarão fechadas de forma definitiva.

O encerramento da atividade faz parte da terceira etapa do plano piloto de substituição. A intenção da STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) é que a partir de 2022 todas as estações operem desta maneira. Mas ainda não há data definida para o fechamento da bilheteria de outras estações.

Com isso, a compra dos bilhetes digitais com QR Code tem de ser feita por meio de aplicativo de celular, máquinas de autoatendimento ou por uma rede credenciada no entorno das estações. O Bilhete Único e o cartão Bom continuarão sendo aceitos como forma de pagamento da passagem.

No dia 8, os horários nas bilheterias das estações Belém e Granja Julieta já haviam passado a ser restritos aos horários de pico e o funcionamento delas era apenas das 6h às 10h e das 16h às 20h.

Além disso, o fechamento aconteceria na sexta passada (15), mas acabou sendo adiado por causa da volta obrigatória às aulas presenciais dos estudantes. Com isso, as estações funcionaram mais uma semana com as bilheterias físicas atendendo apenas nos horários de pico.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, promete dar suporte aos passageiros nestes primeiros momentos de adaptação. "Daremos todo apoio por meio das equipes do 'Posso Ajudar', orientando sobre os canais digitais e máquinas de autoatendimento, assim como sobre os pontos de venda no entorno das estações", destaca.

"É importante destacar que o processo de digitalização permite a compra antecipada dos bilhetes QR Code em locais próximos às residências ou durante o trajeto até a estação, além de ter à disposição meios digitais como o aplicativo TOP e WhatsApp", conclui Galli.

As mudanças implementadas têm gerado bastante discussão. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo, por exemplo, é contra. As principais reclamações são as de que o novo sistema deve trazer dor de cabeça para os usuários gerando mais filas, além da perda de empregos.

Recentemente, a pasta havia informado que não haveria dispensa, com empregados sendo direcionados para outras funções, sem especificar, contudo, como funcionaria o remanejo das atividades.

No último dia 8, quando as bilheterias passaram a ter seu horário reduzido, o sindicato realizou um ato na estação Belém. Algumas pessoas ligadas à corporação distribuíram uma carta aberta para a população alertando para os riscos da mudança. A ideia é que novos atos ainda sejam organizados.

Na página do Metrô, no Instagram, em toda foto ou vídeo em que é divulgado o novo sistema por QR Code, também existem muitos comentários contrários as mudanças por parte dos seguidores.

Recentemente, a reportagem foi até as estações e ouviu os usuários do sistema. Na ocasião, os passageiros apontaram diversas falhas nos equipamentos responsáveis por emitir o ticket QR Code que substituiu os antigos bilhetes com tarja magnética.

A própria reportagem também constatou que o serviço de autoatendimento apresenta falhas, como terminais sem papel para impressão do QR Code. Já o aplicativo TOP, anunciado pelo governo como uma ferramenta de auxílio, não aceita a bandeira Elo, operando apenas com Visa e Master.