Bienal de SP cobre obras de Jaider Esbell com tecidos pretos em forma de luto
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sexta-feira, 05 de novembro de 2021
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Todas as obras do artista plástico Jaider Esbell exibidas na 34ª Bienal de São Paulo estão cobertas por um tecido preto, como símbolo de luto e homenagem à memória do macuxi, morto nesta terça (2). A decisão foi da Fundação Bienal.
Instalados na quinta, os panos ficarão sobre as obras até o fim desta sexta, mesmo dia do sepultamento do artista.
"A decisão de cobrir as obras de Jaider Esbell foi tomada de maneira conjunta pela Bienal de São Paulo e os parceiros do artista, incluindo os cocuradores da exposição Moquém_Surarî, no MAM São Paulo, e a Galeria Jaider Esbell, como símbolo de luto e homenagem à sua memória", afirmou uma porta-voz do evento, em nota.
Um dia após a morte de Esbell, que não teve causas reveladas, fãs deixaram flores em frente às obras expostas na Bienal, que foram mantidas após a inclusão dos panos.
Além dos tecidos, a organização da Bienal informou que "os eventos programados na exposição para este sábado, às 16h, Conversação com Sueli Maxacali, Isael Maxacali e Paula Berbert; e para o domingo, às 11h, Ciclo Bienal dos índios --ativação da obra de Sueli Maxakali-- foram suspensos devido ao falecimento do artista".
Jaider Esbell nasceu em 1979, em Normandia, no estado de Roraima, na terra indígena Raposa Serra do Sol, e se consolidou nos últimos anos como uma das figuras centrais da arte indígena contemporânea no país, ao lado de nomes como Denilson Baniwa e Isael Maxakali.