SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A queda de um avião militar no sul das Filipinas neste domingo (4) deixou ao menos 47 pessoas mortas e dezenas de feridos, de acordo com o governo local. O acidente aconteceu depois da aeronave perder o controle durante a aterrissagem.

Do total de mortos, 3 eram civis que foram atingidos no solo e 44 eram militares que estavam a bordo do avião de transporte Hercules C-130. Não há informações sobre o estado de saúde dos feridos, que foram levados a hospitais da região --esse é um dos acidentes de aviação militar mais mortíferos da história do país.

A aeronave que tinha 96 pessoas a bordo caiu na ilha de Jolo, na província de Sulu, segundo o secretário de Defesa filipino, Delfin Lorenzana.

Alguns soldados foram vistos saltando do avião antes que ele atingisse o solo e explodisse, segundo o general William Gonzales, comandante da força-tarefa conjunta de Sulu. Fotos divulgadas pelo canal de televisão Pondohan TV mostram a fuselagem do avião em chamas. Uma coluna de fumaça preta subiu sobre as casas perto do local.

O general Cirilito Sobejana disse que o avião transportava tropas de Cagayan de Oro, na ilha de Mindanao (sul), quando saiu da pista ao tentar pousar em Jolo.

A aeronave tentou "recuperar a potência, mas não teve sucesso", disse à mídia local, chamando o acidente de "muito lamentável". "As equipes de resgate estão no local, estamos rezando para que possam salvar mais vidas", afirmou à agência de notícias AFP.

O avião, com quatro turbopropulsores, caiu perto de uma pedreira em uma área pouco povoada. O porta-voz da Aeronáutica, o tenente-coronel Maynard Mariano, ressaltou que as causas do acidente serão investigadas posteriormente e que, neste momento, o foco é concluir o resgate e cuidar dos feridos.

Muitos dos passageiros tinham se formado recentemente no treinamento militar básico e estavam sendo enviados para a ilha para combater grupos armados que atuam na região. O Exército mantém uma forte presença no sul das Filipinas, uma região de maioria muçulmana onde operam grupos armados como o Abu Sayyaf, que realizam sequestros e outras atividades criminosos.

As aeronaves C-130 são usadas para transportar tropas e suprimentos. Também são destacadas para fornecer assistência humanitária e socorro em desastres. O caso está sendo tratado como um acidente, não um ataque, disse o porta-voz das Forças Armadas, o general Edgard Arevalo.

Relatórios iniciais indicam que a aeronave ultrapassou a pista e se partiu, segundo informou à agência AFP o tenente-general Corleto Vinluan, chefe do comando de Mindanao Ocidental.

O senador Richard Gordon disse que este foi o quarto acidente de um avião militar neste ano com vítimas. "Estamos comprando aviões defeituosos com o dinheiro das pessoas?", questionou ele.

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