RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A atividade econômica cresceu 1,8% no Brasil em novembro de 2021, frente a outubro, indica o Monitor do PIB (Produto Interno Bruto), calculado pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

No recorte trimestral, houve baixa de 0,3% até novembro, em relação aos três meses imediatamente anteriores. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (19).

O Monitor do PIB busca antecipar o ritmo da atividade econômica no Brasil mês a mês. Já o resultado oficial do PIB é calculado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com novembro de 2020, o monitor apontou crescimento de 2,2% na atividade. Em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2020, houve alta de 1,3%.

Após as restrições geradas pela pandemia, a tentativa de retomada econômica no Brasil passou a ser estimulada pela reabertura de setores como o de serviços.

A reação dos negócios, contudo, tem sido freada por uma combinação de fatores, que envolve escalada da inflação, juros mais altos, queda na renda do trabalho, crises políticas e incertezas fiscais.

O dado mais recente do PIB calculado pelo IBGE é referente ao terceiro trimestre de 2021. À época, o indicador encolheu 0,1%. Foi a segunda baixa consecutiva, renovando os sinais de estagnação da atividade.

Em meio ao cenário de dificuldades, o mercado financeiro prevê baixo desempenho econômico em 2022.

A projeção é de elevação de apenas 0,29% no PIB deste ano, conforme a edição mais recente do boletim semanal Focus, divulgada na segunda-feira (17) pelo BC (Banco Central). Há, inclusive, casas de análise que apostam em um recuo do PIB em 2022.

Antes da divulgação do monitor da FGV, o BC apresentou o resultado de novembro do IBC-Br, outro indicador de atividade. O IBC-Br avançou 0,69% no penúltimo mês de 2021, em relação a outubro.