SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou neste sábado (12) que deve embarcar para a Rússia na segunda-feira (14), apesar da elevação de tensões entre Moscou e a Ucrânia.

O mandatário disse que foi convidado pelo homólogo russo, Vladimir Putin, e que o Brasil depende de grande parte de fertilizantes daquele país e da Bielorússia.

"Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso país —energia, defesa e agricultura", disse Bolsonaro em uma transmissão nas redes sociais.

A assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura confirmou na sexta (11) que a chefe da pasta, Tereza Cristina, não irá, por estar infectada com a Covid-19.

"A gente pede a Deus que reine a paz no mundo para o bem de todos nós", acrescentou o presidente, se referindo à crise da Ucrânia.

Na sexta, os Estados Unidos disseram ter a informação de que Putin pode invadir a Ucrânia nos próximos dias —citando fontes do governo norte-americano, o jornal The New Times publicou que a invasão militar pode ser iniciada na quarta (16).

Bolsonaro tem encontro marcado com Putin justamente na quarta. No dia seguinte, o presidente brasileiro segue para Budapeste, para agenda com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, líder nacionalista de extrema-direita.

Além do encontro com os líderes, Bolsonaro terá uma reunião com empresários de diversas áreas, como energia e fertilizantes agrícolas.

Segundo o governo brasileiro, a expectativa da viagem é focar na relação comercial entre Brasil e Rússia, tendo em vista que as parcerias entre os dois países ainda não são consideradas ideais, principalmente porque ambos fazem parte do grupo Brics, que também inclui China, Índia e África do Sul.