Anvisa remarca reunião com Saúde sobre autotestes para segunda-feira
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que a reunião sobre os autotestes para detecção de Covid-19, inicialmente marcada para acontecer sexta-feira (21), foi remarcada para segunda-feira (24). A decisão atende a um pedido do Ministério da Saúde.
Ontem, a agência decidiu, em reunião de diretoria, adiar a liberação do autoteste no país. O pedido de liberação foi feito pelo Ministério da Saúde na semana passada. Por 4 votos a 1, a agência deu um prazo de 15 dias para que o ministério apresente informações adicionais sobre o uso dos testes.
Na nota técnica enviada à Anvisa, o ministério afirmou que a autotestagem é "uma estratégia adicional para prevenir e interromper" a transmissão do coronavírus, ao lado do isolamento social e do uso de máscaras, já que "podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos".
O documento traz os parâmetros que os fabricantes devem seguir em relação ao produto e à embalagem. Determina, também, a manutenção de um canal de comunicação por telefone gratuito para suporte aos usuários, como forma de ajudar as pessoas a utilizar o autoteste e tomar uma providência diante do resultado positivo.
Mas os diretores da Anvisa entenderam que o governo precisa esclarecer, entre outros pontos, se haverá um mecanismo para notificar os casos positivos e de que forma estes números serão incluídos nos dados oficiais.
Saúde vai enviar dados adicionais, garante Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que enviará os dados solicitados pela Anvisa. Ele disse que a pasta "mantém a posição em favor da liberação dos autotestes de Covid-19 para a venda em farmácias".
"Vamos complementar as informações solicitadas pela Anvisa. Em relação aos testes no SUS, as demandas têm sido atendidas. Até semana finalizarem [sic] o envio de 15 mi de testes", escreveu nas redes sociais.
Defendidos nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os autotestes já são usados na Europa e nos Estados Unidos. Com eles, o próprio paciente é quem coleta a sua amostra, em casa, e tira o resultado conforme as instruções do fabricante.

