SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Acusado de pegar leve com o presidente Jair Bolsonaro (PL), o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem respondido a quem cobra dele uma ação mais enérgica que não se pode adotar como critério o "conjunto da obra".

Este tipo de atitude, afirma, é própria do Congresso em processos de impeachment, em que diversos fatores políticos pesam na decisão dos parlamentares, e não apenas provas materiais.

Mas isso não poderia ser transposto para o Judiciário, argumenta, em que tem de haver elementos bem definidos para acusar um presidente.

Aras tem pedido arquivamento de inquéritos sobre irregularidades cometidas por Bolsonaro. Exemplos recentes são o caso Covaxin e o vazamento por Bolsonaro de informações sobre o ataque hacker à Justiça Eleitoral em 2018.

Em compensação, usa investigações em casos de racismo e homofobia cometidos por bolsonaristas para reduzir a pecha de aliado do presidente.