Saúde promove live sobre prevenção de intoxicações infantis
Transmissão, nesta sexta-feira, será aberta ao público e contará com a participação de profissionais da saúde, educação, pais e responsáveis
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Transmissão, nesta sexta-feira, será aberta ao público e contará com a participação de profissionais da saúde, educação, pais e responsáveis
Reportagem local
Como parte de sua campanha anual de sensibilização para a prevenção de intoxicações infantis, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) do Paraná promoverá uma live voltada à segurança no ambiente doméstico e às principais medidas para evitar acidentes com crianças. Será nesta sexta-feira (11), por meio do canal do Youtube da Escola de Saúde Pública do Paraná.
A transmissão, que será aberta ao público e contará com a participação de profissionais da saúde, educação, pais e responsáveis, busca conscientizar a sociedade sobre os cuidados necessários para proteger os pequenos. Acompanhe AQUI.
Ao longo de todo este mês, dedicado à proteção e ao bem-estar infantil, a Sesa promoverá diversas ações que visam reforçar o compromisso com a prevenção de acidentes e a promoção de um ambiente mais seguro para este público. Em parceria com a Secretaria de Educação, serão distribuídos materiais educativos para toda a comunidade escolar. O objetivo é alertar sobre os riscos de intoxicações e os cuidados essenciais para proteger as crianças.
“As intoxicações infantis, na maioria dos casos, são evitáveis, e nossa campanha tem como foco conscientizar pais e responsáveis sobre a importância de garantir um ambiente seguro para as nossas crianças”, destacou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
CURIOSIDADE
De acordo com dados do Sinam (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), entre 2019 e 2024, foram registrados no Paraná 15.780 casos de intoxicações em crianças de até 11 anos, sendo 44% dos casos foram causados por medicamentos.
A bióloga da Sesa Juliana Cequinel explica que as crianças possuem características que as tornam mais vulneráveis a acidentes de intoxicação.
“A curiosidade é uma dessas principais características, essa é fase da experimentação oral, quando os pequenos querem levar tudo à boca. A apresentação, envolvendo tamanho, forma e cor dos medicamentos, associada ao acesso fácil, contribuem para o grande número de acidentes. A orientação é que esses medicamentos sejam armazenados em lugares altos e, de preferência, em armários trancados”, alerta.
AMBIENTE DOMÉSTICO
Além dos medicamentos, 20% das intoxicações infantis são causadas por produtos de uso doméstico, como produtos de limpeza e substâncias químicas, que muitas vezes são armazenados de maneira inadequada, como em garrafas PET, confundindo-se com sucos ou refrigerantes. Outros produtos perigosos incluem raticidas, agrotóxicos e cosméticos, além de plantas tóxicas.
Com cerca de 90% das intoxicações ocorrendo no ambiente doméstico, a Sesa enfatiza a importância de práticas preventivas simples, como o armazenamento correto de substâncias perigosas, fora do alcance das crianças. Embora menos frequentes, escolas e creches também exigem atenção redobrada para evitar que as crianças tenham acesso a produtos nocivos.
Confira algumas medidas de prevenção:
- Medicamentos, produtos de limpeza, raticidas, inseticidas, cosméticos e outros produtos perigosos que podem causar intoxicação devem ser guardados longe do alcance de crianças em armários trancados.
- Nunca falar às crianças que medicamento é doce, faz crescer ou deixa forte.
- Medicamentos devem ser ministrados somente com prescrição médica, na dose e horários corretos.
- Guardar os alimentos separados dos produtos de limpeza.
- Nunca reutilize outras embalagens para armazenar produtos perigosos, como garrafas de refrigerantes, potes, frascos vazios.
- As embalagens de produtos perigosos nunca devem ser reutilizadas.
- Não deixar cosméticos ao alcance das crianças.
- Inseticidas e raticidas devem ser usados com muito cuidado, pois além de serem venenosos para os insetos e ratos, são também para os seres humanos.
- Somente empresas credenciadas pela Vigilância Sanitária estão autorizadas a realizar desratização ou desinsetização.
- Crianças devem ser sempre supervisionadas por adultos.
- Orientar as crianças para não colocar plantas ou parte delas na boca, explicando o que isso pode causar.
- Procurar identificar as plantas que possui em casa, na escola, em espaços utilizados por crianças, obtendo informações básicas sobre elas.
- Em caso de acidente com qualquer produto ou agente tóxico, procurar imediatamente atendimento médico.
- Se possível, levar foto, nome ou embalagem do produto ou agente tóxico causador de acidente.
- É importante ter o contato do Centro de Informações Toxicológicas de sua região em local visível.
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(Com informações da Agência Estadual de Notícias)