O tempo seco contribui para o ressecamento da mucosa das vias aéreas, o que acaba facilitando o surgimento de alergias, asma, bronquite, dermatites, gripes e resfriados. E, como consequência, infecções bacterianas secundárias como pneumonia, sinusite, otites e laringites, segundo o pneumopediatra José Orlando Nonino, de Londrina.

Imagem ilustrativa da imagem Os impactos do tempo seco na saúde
| Foto: iStock

Como prevenção às doenças respiratórias, o médico indica boa alimentação e a ingestão de água regularmente. "A criança deve receber líquidos várias vezes ao dia. Esses líquidos podem ser o leite, o suco, mas, principalmente, água".

O especialista aconselha também o umidificador de ambientes, mas, preferencialmente, o uso de uma toalha úmida na janela, cabeceira ou cadeira perto da cama do quarto de dormir.

IDOSOS

Os idosos também sentem mais os efeitos da estiagem. Rinite, sinusite e asma acometem mais esse público neste período, ou se agravam com a baixa umidade do ar, segundo a geriatra Cristina Ferreira Lima Disconzi, de Guarapuava (Centro).

"Problemas das vias aéreas superiores se tornam mais comuns. Em relação aos idosos, é preciso ficar atento à hidratação. A falta de água no organismo causa alterações renais, infecções urinárias e até o que chamamos de delirium, uma confusão mental ou mudança de comportamento devido à ocorrência de infecções", alerta a geriatra.

EFEITOS CLIMÁTICOS

As mudanças do clima, que estão afetando todas as regiões do mundo, não têm precedentes – segundo dados da Organização das Nações Unidas ao divulgar no início de agosto o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Este é o mais importante relatório sobre ciência climática dos últimos sete anos, recolhendo estudos compilados por pesquisadores do mundo todo.

Os efeitos são eventos climáticos extremos mais frequentes e mais severos como ondas de calor, chuvas fortes e secas em todas as partes do mundo. Segundo o pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Lincoln Alves, que trabalhou no relatório, as observações das últimas décadas mostram que o clima do Brasil está mudando.

“Todas as regiões tiveram aumento nas temperaturas médias. O intervalo entre os eventos extremos está diminuindo e estão se tornando cada vez mais fortes. Antes, quando se falava em seca, pensava-se no semiárido nordestino. Hoje fala-se em seca na Amazônia, no Sudeste e no Sul do Brasil”, afirma. (Com informações da AEN)

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