Apesar de não possuir dados mapeados, o secretário municipal de Saúde de Londrina, Felippe Machado, disse que é "sensível a diminuição por atendimentos nas unidades de saúde" em função do temor de contaminação por Covid-19.

Imagem ilustrativa da imagem Município reorganizou fluxo de pacientes em função da Covid-19
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

Londrina possui seis UBS (Unidades Básicas de Saúde) que atendem exclusivamente os pacientes com suspeita de síndromes respiratórias, em todas as regiões da área urbana: Guanabara (centro), Bandeirantes (oeste), Ouro Branco (sul), Chefe Newton e Maria Cecília (norte) e Vila Ricardo (leste). Também possui a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Francisco de Arruda Leite, do Jardim Sabará (oeste), disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, apenas para casos sintomáticos de coronavírus.

A criação de unidades exclusivas para esses atendimentos foi realizada justamente para organizar o fluxo dentro do serviço público de saúde do município. O município também contratou leitos de hospitais privados para que sejam utilizados caso necessário.

QUEDA

O médico de família e coordenador do Pronto Atendimento da Unimed, Adriano Brandão, afirmou que houve uma redução de 70% dos atendimentos na unidade por medo da Covid-19. “É preciso lembrar que a gente está vivendo não só a epidemia do Covid-19, mas a de dengue também. Às pessoas que estão em suas casas e com medo de procurar os serviços de saúde orientamos que procurem locais que ofereçam atendimento seguro para as doenças que requeiram atenção imediata”, afirma Brandão. A procura tardia por ajuda pode dificultar o tratamento adequado. "Muitas vezes o paciente perde o prazo correto para fazer a internação hospitalar."

“Acho que é bastante importante divulgar aos pacientes que tenham algum sintoma a não se apegarem às informações que conseguem no Google ou ao conselho de amigo e de vizinho. Todas as estruturas de saúde de Londrina estão preparadas para realizar atendimento médico", reforça o médico.

“Faço a coordenação do PA da Unimed e estamos com alas separadas, respiratória e não respiratória. Isso aumenta não só a segurança dos pacientes, mas também dos profissionais de saúde. O uso de EPI foi intensificado para que doenças de outras naturezas não tenham risco de se contaminar pelo Covid”, aponta.

CLÍNICA MULTIPROFISSIONAL

A coordenadora da clínica multiprofissional da Unimed, Paula Pirolla, também percebeu que houve redução do atendimento de pacientes de psicologia, nutrição, fonoaudiologia e terapia ocupacional. “Os pacientes que não querem ser atendidos presencialmente, por conta da idade, estamos fazendo on-line. Os que estão sendo atendidos presencialmente, pedimos para não irem com acompanhante”.