Live debate impacto da saúde hormonal no bem-estar feminino
Médicos de Londrina vão elencar estratégias para ajudar as mulheres a passarem pelo climatério sem sofrimento e com mais qualidade de vida
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segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Médicos de Londrina vão elencar estratégias para ajudar as mulheres a passarem pelo climatério sem sofrimento e com mais qualidade de vida
Reportagem local
“Impacto da saúde hormonal no bem-estar feminino” é o tema do próximo “Encontros AML”, que acontece quarta-feira (18), às 20h, no formato de live, pelo canal do YouTube da Associação Médica de Londrina.
Irão participar da live os médicos associados Nelly Nabut, ginecologista, que irá mediar a conversa entre a cardiologista Luciane Cazarin e o endocrinologista Victor Hugo Ferreira. Eles irão responder a diversas perguntas sobre a saúde da mulher, em especial sobre as mudanças que ocorrem no corpo e na mente durante o climatério.
Nelly Nabut explica que a menopausa, que dá início ao climatério, é uma fase natural da vida da mulher, que marca o fim do ciclo menstrual e reprodutivo, a partir da ausência da menstruação por 12 meses consecutivos. “Isso ocorre por conta da queda nos níveis dos hormônios femininos progesterona e estrogênio, que são produzidos no ovário.”
“Os sintomas da menopausa variam entre as mulheres, mas os mais comuns são: ondas de calor, alterações de humor, problemas de sono, incluindo insônia, diminuição de libido, mudanças físicas, como ganho de peso e perda da massa muscular, além da dificuldade de concentração e lapsos de memória”, cita a ginecologista.
SAÚDE DO CORAÇÃO
Luciane Cazarin, diretora do Departamento de Cardiologia da AML, vê na live a chance de chamar a atenção das mulheres para cuidarem da sua saúde cardiovascular. “As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte em mulheres, matando mais do que todos os tipos de cânceres. E, com a menopausa, há um aumento da incidência de doenças cardiovasculares e aumento de mortalidade por doenças cardíacas”, alerta.
Segundo a cardiologista, desde 2022, a Sociedade Brasileira de Cardiologia publica a “Carta às mulheres”, a qual enfatiza que as mulheres precisam compreender que elas têm um ciclo de vida e que esse ciclo vai se modificando pela ação hormonal.
“O corpo, a mente e as emoções vão sofrendo a ação dos hormônios, que se modificam nas diferentes faixas etárias. Por isso, é importante a mulher conhecer e dar atenção aos fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol em excesso, obesidade, tabagismo, sedentarismo, abuso exagerado de álcool. É necessário adotar hábitos saudáveis”, reforça a cardiologista.
Ela lembra, ainda, que a mulher sofre por conta do estresse com diversas questões, como as socioeconômicas, excesso de carga horária no trabalho, nos cuidados da casa, família e filhos. “Muitas mulheres ainda sofrem com violências psicológicas e até violência física e todos esses fatores abalam a saúde mental, podendo levar a ansiedade e depressão.”
“Isso contribui para o crescimento da incidência de doenças cardiovasculares e mortalidade em mulheres ainda jovens, que teriam expectativa de vida longa”, declara Cazarin, informando que a Sociedade Brasileira de Cardiologia tem trabalhado em medidas que visam reduzir a mortalidade feminina por doenças cardiovasculares em 30% até 2030.
QUALIDADE DE VIDA
Victor Hugo Ferreira, diretor do Departamento de Endocrinologia da AML, destaca que o climatério é uma fase de muitas mudanças na vida da mulher e constitui uma excelente oportunidade para manter um estilo de vida saudável.
“Por isso, a mulher deve buscar manter um peso apropriado, por meio de exercícios e alimentação saudável. Especialmente nesta fase de transição da menopausa, é importante ter níveis adequados hormonais, para proteger a saúde da mulher e melhorar a qualidade de vida”, sugere o médico.
Além de explicar os efeitos da terapia hormonal, os fatores de risco cardiovascular e as estratégias para ajudar as mulheres a passarem pelo climatério sem sofrimento e com mais qualidade de vida, estas são outras questões que os especialistas irão responder durante a live, que terá cerca de uma hora de duração:
O que é menopausa e quais os principais sintomas do climatério?
Quais as alterações metabólicas e físicas que ocorrem no corpo da mulher com o climatério e suas consequências?
Quais mudanças no estilo de vida a mulher deve fazer quando inicia o climatério?
O que as alterações hormonais da queda de estrogênio no climatério provocam no metabolismo de colesteróis, triglicerídeos e glicose da mulher, e quais alterações ocorrem quando a mulher já tem diabetes?
Do ponto de vista da saúde cardiovascular, é fato que existe um aumento de risco cardiovascular para eventos como Infarto do Miocárdio e AVC?
(Com informações da Comunicação AML)