São Paulo - O clima e alguns hábitos da população propiciam que, na primavera, algumas doenças comuns voltem a circular com mais frequência. A vacinação e os cuidados com a higiene são essenciais para evitar contaminações.

Além de vacinas, uso de máscara, distanciamento e higiene correta podem impedir contaminação
Além de vacinas, uso de máscara, distanciamento e higiene correta podem impedir contaminação | Foto: iStock

Segundo Érico Oliveira, clínico-geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as doenças comuns na primavera dependem das características da estação em cada território. Assim, em locais com a estação mais "marcada", a primavera é um período de dias mais ensolarados. As pessoas costumam sair de casa com mais frequência e, além disso, em alguns locais haverá volta às aulas após o recesso da pandemia.

Oliveira diz que este cenário favorece o surgimento de doenças associadas ao contato. "Nas crianças, há doenças infecciosas como rubéola, roséola e catapora", observa. "Essas doenças virais são mais frequentes na faixa etária pediátrica", acrescenta Hamilton Robledo, pediatra da rede de hospitais São Camilo de São Paulo, citando, ainda, a incidência de caxumba e da bactéria escarlatina. Elas são transmitidas pelas secreções respiratórias contaminadas.

Imagem ilustrativa da imagem Hábitos da pandemia ajudam a evitar doenças na primavera
| Foto: Folha Arte

Com exceção da escarlatina e da roséola, o médico diz que o principal meio para se prevenir de doenças infectocontagiosas é manter a vacinação em dia. Mas, por ser um período em que o clima está esquentando, com os bares mais cheios e as praias lotadas, a preocupação com a Covid-19 continua.

Os cuidados voltados para o coronavírus se aplicam a todos os outros vírus com transmissão respiratória, que ocorre por gotículas de saliva, por exemplo. Assim, o uso de máscaras e o distanciamento social podem ajudar a reduzir as infecções.

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Para o pediatra, outros cuidados que foram intensificados com a pandemia também devem permanecer, como trocar de roupa ao chegar em casa e não entrar com sapatos. "No consultório, ouço os pacientes falarem que se habituaram a isso e que não vão parar." Ele reforça que todos os cuidados de higiene são fundamentais nesta pandemia. "Não podemos relaxar."

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