Diagnóstico precoce de câncer infantojuvenil é tema de capacitação

Durante o Setembro Dourado, mês voltado à conscientização e combate ao câncer infantojuvenil, o IRM (Instituto Ronald McDonald), em parceria com o HCL (Hospital do Câncer de Londrina), realiza mais uma turma do Programa Diagnóstico Precoce. Criada em 2008, a iniciativa visa promover a identificação precoce da doença por meio de capacitações a profissionais e estudantes da área da saúde. Em Londrina, o programa acontece desde 2020 e, em 2021, dois encontros já foram realizados: um com estudantes de enfermagem e outro com estudantes de medicina.

Marcada para acontecer nos dias 28 e 29 de setembro, a próxima turma é exclusiva para médicos pediatras da rede SUS e privada. As inscrições e as aulas acontecem on-line e de forma totalmente gratuita.

A oncologista pediátrica do HCL, docente e coordenadora científica do programa em Londrina, Tânia Anegawa, explica que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar a taxa de cura da doença, além de contribuir para um tratamento menos agressivo e mutilante.

“Profissionais capacitados e sensibilizados com o tema garantem diagnósticos mais precoces, facilitam o acesso a um tratamento em centros especializados e tomam cuidados de saúde que elevam a sobrevida das crianças e adolescentes em tratamento, além de contribuir para a melhora da qualidade de vida dos mesmos”, afirma a especialista.

Os pediatras interessados em participar da capacitação devem fazer sua inscrição por meio do link: https://forms.gle/Xj5EhZQwSDX7ULuo7 . As instruções de acesso às aulas serão enviadas por e-mail.

ÍNDICES DE CURA

De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer ainda é a enfermidade que mais mata na faixa etária de 01 a 19 anos no Brasil. Ainda hoje, as chances de cura da doença no Brasil são de 64%. Nos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os índices de cura podem chegar a 80%.

Segundo Anegawa, existem vários fatores que podem dificultar o diagnóstico da doença, entre eles a desinformação dos profissionais que podem demorar a investigar um possível câncer e, consequentemente, atrasar o diagnóstico e o tratamento.

“Além disso, outros fatores contribuem para a diminuição das chances de cura, como o fato de que muitos tipos da doença podem iniciar com sinais e sintomas inespecíficos, comuns a outras enfermidades corriqueiras na infância, como febre, mal estar e perda de peso; a desinformação dos pais e responsáveis, que muitas vezes não levam em conta as queixas da criança ou do adolescente; o medo do diagnóstico; características do próprio tumor; além da dificuldade de acesso ao sistema de saúde”, complementa.

PREPARAÇÃO DOS ESTUDANTES

Segundo a coordenadora técnica do programa em Londrina, Iris Farias, frente a esse cenário, a capacitação tem se tornado uma importante arma de combate e preparação dos estudantes, que serão os profissionais do futuro, e daqueles que já atuam nas áreas da saúde.

“O programa tem sido um grande sucesso, mesmo com o período de pandemia. As capacitações têm ocorrido virtualmente com duração de seis horas, divididas em dois dias, com certificação e e-book de apoio elaborado em conjunto com o Ministério da Saúde, a AMIGOH - Responsabilidade Social do Hospital Israelita Albert Einstein - e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica”, conta.

Em 2022, nas próximas etapas do projeto, o IRM e o Hospital do Câncer preveem ainda a capacitação de profissionais da área da educação, já que eles estão em contato com as crianças e adolescentes diariamente e podem ser excelentes aliados no combate ao câncer infantojuvenil.

As novas turmas do programa são divulgadas diretamente no site do hospital e os interessados podem acessar a lista no link: https://hcl.org.br/sobre-o-hospital/noticias/1328-programa-diagnostico-precoce. (Com informações do HCL)

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