Cerca de 10 minutos por semana fazem toda a diferença para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, além de Zika e Chikungunya. É o foco da campanha do governo federal, que ressalta que atitudes simples como tampar caixas d'água, esvaziar recipientes e descartar corretamente o lixo são essenciais para interromper o ciclo de vida do mosquito e proteger milhares de vidas. A prevenção começa em casa e o impacto se reflete em toda a sociedade.

Simples atitudes fazem a diferença:

Esvazie garrafas PET, potes e vasos

Guarde pneus em locais cobertos

Limpe bem as calhas de casa

Mantenha a caixa d'água, tonéis e outros reservatórios de água fechados

Coloque areia nos pratos de vasos de plantas

Amarre bem os sacos de lixo

Não acumule sucata e entulho

Receba bem os agentes de saúde e os de endemias

LEIA TAMBÉM:

= Infestação da dengue chega a 3,3% e põe cidade em alerta

PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses foi lançado em setembro pelo Ministério da Saúde e construído por mais de 200 pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato com as comunidades que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social.

"É fundamental que discutamos ações para o enfrentamento à dengue e outras arboviroses que afetam tanto a nossa população. Quero destacar que temos tido uma dinâmica produtiva e muita cooperação entre secretários e secretárias, e agradeço a todos pela colaboração”, ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade

O plano consolida medidas para o enfrentamento de arboviroses e está baseado nas evidências mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto nacional para o combate às doenças.

O objetivo é apresentar ações que serão coordenadas pelo Ministério da Saúde em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais.

O programa trabalha em seis eixos de atuação, com foco na implementação no segundo semestre - quando as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos: prevenção; vigilância; controle vetorial; organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; comunicação e participação comunitária.

Para 2025, o Ministério da Saúde já anunciou um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, valor que será destinado à aquisição de vacinas contra a dengue, insumos laboratoriais para a testagem de arboviroses, e à implementação de novas tecnologias, como o método Wolbachia e estações disseminadoras de larvicidas. Além disso, haverá suporte aos municípios para custeio assistencial, que será ajustado de acordo com as necessidades específicas de cada território.

WOLBACHIA

Em outubro, o método Wolbachia completou 10 anos de implementação. O método usa uma bactéria que, ao ser introduzida em mosquitos Aedes aegypti, impede a reprodução do vírus. Desde o início dos estudos no Brasil, em 2012, o número de pessoas contempladas pela tecnologia cresceu de cinco mil para mais de quatro milhões – e a expectativa é alcançar cinco milhões até 2025.

O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia, que se reproduzem com os mosquitos locais, formando gradualmente uma nova “população”, todos portadores da bactéria. Com o tempo, a proporção de mosquitos que contêm Wolbachia aumenta até atingir um nível estável, eliminando a necessidade de novas liberações. Esse efeito torna o método autossustentável e viável a longo prazo.

Em Londrina, a biofábrica foi oficialmente inaugurada no dia 30 de julho, com a expectativa de soltar cerca de 60 milhões de mosquitos.

(Com informações da Secretaria de Comunicação Social)