Comitê de emergência para mpox é instituído pelo Ministério da Saúde
Objetivo é coordenar ações de resposta à doença; para ministra, não há motivo de alarme, mas de alerta
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quinta-feira, 15 de agosto de 2024
Objetivo é coordenar ações de resposta à doença; para ministra, não há motivo de alarme, mas de alerta
Paula Laboissière e Pedro Rafael Vilela - Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Saúde instalou nesta quinta-feira (15) um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox no Brasil. A doença foi declarada emergência em saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados da pasta brasileira indicam que, desde 2023, o país apresenta estabilidade no número de infecções.
De acordo com o ministério, desde a primeira emergência decretada em razão da doença, de 2022 a 2023, a vigilância para a mpox se manteve como prioridade. A pasta informou que vinha monitorando atentamente a situação mundial e as informações compartilhadas pela OMS e por outras instituições e que já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil.
"Já estávamos acompanhando, tivemos reunião de especialistas, há duas semanas, desde que começaram os casos, e essa possibilidade [de disseminação da doença], e vamos analisar as questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas de alerta", afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na quarta-feira (14).
CASOS E MORTES
Dados do ministério mostram que, em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox no Brasil, um número classificado pela pasta como “significativamente menor” quando comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da primeira emergência da doença no país. Desde 2022, foram registrados ainda 16 óbitos, sendo o mais recente em abril de 2023.
VACINAÇÃO
Ainda segundo o ministério, a vacinação contra a mpox no Brasil foi iniciada em 2023, durante a primeira emergência global pela doença, com o uso provisório de uma dose liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e priorizando pessoas com maior risco de evolução para formas graves da doença. Desde o início da imunização, mais de 29 mil doses foram aplicadas.
Em Londrina, o primeiro caso da doença, na época chamada de varíola dos macacos, foi confirmado em 16 de agosto de 2022. No Paraná, a primeira confirmação foi em julho.
DOENÇA VIRAL
A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
(Atualizada)