Uma das justificativas para a lombalgia ser tão presente no dia a dia da população é o fato da coluna vertebral concentrar uma sobrecarga do nosso corpo. Segundo o fisioterapeuta Rubens A. da Silva Junior, a coluna é capaz de suportar até 60% do peso corporal, servindo como uma base.
"A coluna precisa de uma estabilidade mantida pela parte óssea, ligamentos e a musculatura, que permite estabilizar e criar o movimento. Tudo isso atua em harmonia com o sistema nervoso central. Mas a partir do momento que eu prejudico isso, fazendo com que a coluna fique instável, um mecanismo de sobrecarga é gerado sobre as estruturas e há dor", explica.
E há uma série de fatores que podem sensibilizar e comprometer nossa coluna, em especial a região lombar. Embora, em alguns casos possa ter uma origem desconhecida, sabe-se que a inatividade física, má postura, idade e o estresse aumentam o risco.
As mulheres também podem sofrer mais com a lombalgia porque a gestação promove mudanças da pelve, provocando desequilíbrio. "Minha dor começou, de fato, na gravidez. Era diária e aumentava ao longo do dia. Busquei ajuda médica e, agora, sabendo desse projeto fiz questão de participar. Já são três semanas de acompanhamento e a dor aguda não existe mais. A diferença é notória", revela a dona de casa Rosane Virgínia Berbert, de 36 anos.
Na fisioterapia, considera-se dor aguda, aquela em que o paciente sofre em um intervalo de quatro semanas e a subaguda, até doze. "Já se sabe que a partir da fase subaguda, os fatores psicológicos passam a ter maior influência nas dores", comenta Silva Junior. (M.O.)