As cardiopatias congênitas são uma das principais causas de morte em recém-nascidos de até 30 dias. Elas são um conjunto de doenças caracterizadas pela malformação na estrutura ou na função do coração. No Brasil, por ano, nascem 29 mil cardiopatas, ou seja, são dez casos a cada mil nascidos vivos.

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. | Foto: iStock

Neste domingo (12 de junho), Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, o Hospital Pequeno Príncipe , de Curitiba, enfatiza a importância do diagnóstico precoce das doenças que é fundamental para salvar vidas. A malformação pode ser descoberta ainda na gravidez, com o ecocardiograma fetal, ou no início da vida, por meio do teste de coraçãozinho, sendo realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento.

CONJUNTO DE DOENÇAS

De acordo com a cardiologista pediátrica do maior hospital exclusivamente pediátrico do país, Cristiane Binotto, uma dúvida comum é sobre o que é esse conjunto de doenças. “Pode ser desde um defeito pequeno na estrutura do coração (CIA e CIV), que não tem repercussão, até o estreitamento de uma das válvulas do coração, principalmente a pulmonar e aórtica”, explica.

SINAIS

É importante também ficar atento a sinais que podem indicar uma cardiopatia e ao notar algum deles consultar o pediatra que acompanha a criança. Os bebês podem apresentar pontas dos dedos e/ou língua roxa, cansaço excessivos durante as mamadas, dificuldade em ganhar peso, irritação frequente e choro sem consolo.

Já nas crianças, é observado cansaço excessivo durante a prática de atividades físicas, crescimento e ganho de peso de forma não adequada, lábios roxos, pele mais pálida quando brinca muito, coração com ritmo acelerado e desmaio.

“Nos casos de cardiopatias graves, o tratamento adequado nos primeiros dias de vida é fundamental. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, evitamos que a criança faça uma lesão preocupante incompatível com cirurgia ou outro problema associado, como os neurológicos. Por isso, o diagnóstico ainda na gravidez é tão importante, para que o bebê tenha a assistência necessária assim que nascer”, enfatiza a cardiologista.

TRATAMENTO

O tratamento da cardiopatia congênita pode ser feito com uso de medicamentos e, se necessário, cateterismo e indicação de cirurgia – em torno de 80% crianças com o diagnóstico vão precisar de alguma cirurgia cardíaca durante a vida. A boa notícia é que, com acompanhamento de um cardiologista, adesão ao tratamento e orientações médicas, o cardiopata pode ter uma vida normal. (Com informações do Pequeno Príncipe)

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