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Saúde 5m de leitura

Bariátrica menos invasiva

ATUALIZAÇÃO
05 de fevereiro de 2017

Cláudia Collucci<br>Folhapress
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São Paulo - O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer uma cirurgia bariátrica menos invasiva, realizada por videolaparoscopia. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União do dia 1. Em 2016, foram feitas no Brasil cerca de cem mil cirurgias bariátricas, 10% delas na rede pública, onde o tempo de espera, em alguns casos, pode chegar a dez anos. O país é o segundo do mundo que mais realiza esse tipo de cirurgia, só perdendo para os Estados Unidos.

Na videolaparoscopia, são feitos de quatro a sete pequenos cortes (de 0,5 a 1,2 cm cada um) no abdômen do paciente, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Já na cirurgia aberta, o médico faz um corte de 15 a 30 cm. Há também grande impacto no tempo de internação. Na aberta, são necessários de três a quatro dias. No procedimento laparoscópico, são apenas dois dias internado no hospital.
A recomendação da inclusão do procedimento tinha sido feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em relatório de novembro de 2016.

"A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança do procedimento de gastroplastia com derivação intestinal em Y-de-Roux por laparoscopia para tratamento da obesidade grave e mórbida é baseada em revisões sistemáticas, estudos clínicos controlados e estudos observacionais", diz o relatório.

Segundo o presidente da SBCBM, Caetano Marchesini, essa era uma reivindicação antiga da sociedade. "Com a videolaparoscopia podemos ampliar os atendimentos no SUS, pois tanto a cirurgia quanto a recuperação do paciente demandam um tempo menor", diz.

INDICAÇÃO
No SUS, a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas que apresentem índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 50; que tenham IMC maior ou igual a 40, com ou sem doenças associadas, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois anos; que tenham IMC maior que 35 e com problemas de saúde como alto risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono ou doenças articulares degenerativas sem sucesso no tratamento clínico.

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