Curitiba - Neste período do ano há um aumento de circulação de vírus que causam infecção respiratória aguda, especialmente em crianças e adolescentes. A Sesa (secretaria estadual da Saúde) do Paraná divulga nota técnica para a prevenção da doença e alerta sobre o número de casos. Sars-CoV-2, Sincicial, Rinovírus e Influenza são alguns dos vírus respiratórios circulantes no Estado. De acordo com o Sivep (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), mais de 1.677 crianças de zero a 4 anos já foram hospitalizadas de janeiro a abril deste ano com Influenza. O número é 3,6 vezes maior do que o registrado em 2019, que contabilizou 467 hospitalizações para crianças dessa faixa etária. Em 2020 o número se manteve igual ao de 2019 e, em 2021, chegou a 1.218.

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. | Foto: iStock

Para conter os casos de gripe neste público a Sesa publicou a Nota Técnica Nº 8/2022 com os cuidados gerais para a prevenção da transmissão da doença.

“Este ano estamos em uma situação diferenciada quanto às infecções respiratórias. Temos observado um número de ocorrências acima do esperado. Além da pandemia da Covid-19, tivemos a epidemia da H3N2, com o aumento dos casos de Influenza antes do período que normalmente ocorrem. Portanto, nosso cuidado é que as síndromes respiratórias não se agravem, e para isso alguns cuidados são essenciais”, alertou o secretário estadual da Saúde, César Neves.

​​​​​A Nota Técnica orienta pais e responsáveis de crianças e adolescentes para a prevenção e cuidado em ambientes de convívio comum e higienização, além de alertar para os sinais da doença. Elaborado pela equipe de Atenção e Vigilância em Saúde, o documento também aconselha sobre procedimentos a serem realizados.

Confira algumas recomendações:

1. Manter distanciamento social de outras pessoas e evitar aglomerações

2. Manter ambientes bem ventilados, com janelas e portas abertas

3. Manter as mãos limpas através da lavagem das mãos ou uso de álcool em gel 70%

4. Realizar etiqueta respiratória – conjunto de medidas adotadas para evitar a

disseminação dos vírus:

- Ao tossir ou espirrar cubra o nariz e a boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos. Descarte adequadamente o lenço utilizado e após higienize as mãos.

- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos. Se tocar, sempre higienize as mãos como já indicado.

- Evitar abraços, beijos e apertos de mãos.

5. Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e não compartilhar objetos pessoais (talheres, toalhas, pratos, copos e garrafinhas)

6. Utilizar máscara se estiver com sintomas gripais, e conforme as orientações vigentes da Sesa-PR (Resolução Sesa n.º 243/2022, ou outra que a substituir).

7. Se o seu filho apresentar os sintomas mencionados, ele não deve ir à escola até a melhora dos sintomas.

8. Se a criança estiver na escola e apresentar início dos sintomas deve ser gentilmente levada a uma sala reservada para aguardar a chegada dos pais ou responsável para buscá-la.

VACINAÇÃO

A Sesa ressalta ainda que é fundamental as crianças e adolescentes receberem as vacinas contra a Influenza e Covid-19, conforme esquema vacinal recomendado para cada faixa etária e de acordo com as doses recomendadas para cada tipo de imunizante, mantendo a carteira de vacinação atualizada. O calendário vacinal está disponível na página https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Vacinas.

“Estamos trabalhando para orientar pais e responsáveis e também os profissionais de saúde de toda a rede de atenção para que tenham condições de cuidar de nossas crianças e adolescentes neste período de inverno”, disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

INFECÇÃO

As infecções das vias aéreas superiores (nariz, garganta, ouvidos e seios da face) ou inferiores (brônquios e pulmão - pneumonia e bronquiolite viral) se manifestam com sintomas como secreção nasal, obstrução nasal, tosse, chiado no peito, dor de garganta, dor de cabeça, alterações do paladar e olfato, podendo ou não apresentar febre associada. Pode haver também vômitos e/ou diarreia.

A Sesa também divulgou a Nota Técnica Nº 7/2022 com orientações a serem adotadas pelos estabelecimentos de saúde durante a assistência aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). (Com informações da AEN)

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