Há cerca de três anos, a PUC em Londrina abriu um ambulatório específico para atender pacientes que sofrem de cefaleia. Os atendimentos são realizados todas as quintas-feiras pela manhã e os pacientes devem ser encaminhados pela UBS (Unidade Básica de Saúde).

Além das consultas e análise clínica da doença, as equipes compostas por docentes e discentes do curso do Medicina também avaliam aspectos genéticos da enxaqueca por meio de exames de sangue. A cada mês, são atendidos em média, 24 pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

“Nosso objetivo é reunir esses dados até o final do ano. Através desse estudo queremos descobrir como que os genes relacionados aos processos inflamatórios influenciam no desenvolvimento da enxaqueca ou na forma como a enxaqueca acomete tal paciente”, comenta a neurologista Aline Vitali da Silva.

Os estudos contam com a participação de duas biólogas especialistas em genéticas, que também lecionam na instituição. “A ideia é identificar se há genes relacionados à inflamação que vão fazer com que o paciente tenha um risco aumentado de ter enxaqueca ou se esses genes podem predispor a uma enxaqueca mais grave, por exemplo, a crônica”, detalha.

De acordo com a neurologista, os resultados ainda são preliminares, mas já é possível ela afirmar que quanto mais inflamação no corpo o paciente tiver, maior é a chance dele desenvolver um quadro importante de enxaqueca. “Se isso se confirmar, o principal ganho será para o desenvolvimento de novos alvos farmacológicos”, pontua.

O grupo também está formulando um material educativo direcionado aos pacientes. Segundo Silva, a intenção é manter a população bem informado sobre como a doença se comporta, como agir diante de uma crise e até como prevenir a enxaqueca.

SERVIÇO: O ambulatório médico da PUC em Londrina fica Av. Jockey Club, 485 – Vila Hípica. Mais informações pelo fone: (43) 3372-6000.