Além da gripe e da Covid-19, outras doenças são evitadas com o calendário de imunização
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 05 de julho de 2021
Gabriela Bonin/ Folhapress
Muitas doenças foram erradicadas ou deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação em massa da população. Mesmo com maior número de vacinas durante a infância, o calendário vacinal deve estar em dia também na fase adulta para evitar o desenvolvimento de doenças mais comuns, como gripes, ou até mais graves, como cânceres.

A vacina contra o influenza, vírus que causa a gripe, deve ser tomada uma vez por ano na vida adulta. Geralmente entre abril e julho, ela é oferecida gratuitamente na rede pública para adultos do grupo de risco, professores, profissionais da saúde e idosos.
Outra vacina do calendário que não pode ser esquecida é a chamada dupla adulto (dT), que protege contra difteria e tétano e conta com um reforço a cada dez anos. A orientação é que a primeira dose seja tomada na adolescência, a partir de 15 anos de idade, e as doses de reforço aconteçam de década em década.
"Hoje, nas clínicas privadas, há a recomendação de fazer um desses reforços com a vacina que é contra difteria, tétano e coqueluche também [tríplice bacteriana]", explica Max Igor Banks Ferreira Lopes, infectologista do Hospital Santa Catarina.
Para a vacina da tríplice viral – contra sarampo, caxumba e rubéola – são necessárias duas doses, que são garantidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até os 29 anos. Entre 30 e 29 anos, segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), uma dose é oferecida gratuitamente na rede pública.
A vacinação contra a febre amarela deve ser realizada, caso não tenha sido, em uma dose única que é oferecida pelo SUS. O mesmo vale para as vacinas contra hepatite A e B. As três doses contra hepatite B estão na rede pública, já as duas contra o tipo A são restritas à rede particular.
A imunização contra HPV é, do mesmo modo que as anteriores, importante na vida adulta. A SBIm recomenda a vacinação de mulheres de 9 a 45 anos de idade e homens de 9 a 26 anos, o mais precocemente possível. Homens e mulheres em idades fora dessa faixa também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.
"Para pessoas que já foram infectadas pelo vírus HPV, fica indicado também o uso da vacinação para prevenção de formas graves do HPV", diz Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'Or.
A entidade também diz que existe um risco aumentado de formas graves e óbito por influenza a partir de 60 anos de idade, o que faz com que a vacina da gripe seja ainda mais importante de ser tomada todo ano.
"Existem duas vacinas pneumocócicas, uma que chamamos de conjugada [VPC13] e outra polissacarídica [VPP23]. A partir dos 60 anos, está prevista a polissacarídica na rede pública, mas existe um esquema combinando a conjugada e ela", explica Lopes.





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