55% das crianças com câncer se curam na América Latina
Índice cai para 20% em países de menor renda, destacou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
PUBLICAÇÃO
domingo, 19 de fevereiro de 2023
Índice cai para 20% em países de menor renda, destacou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
France Presse

O percentual de cura das crianças com câncer nos países da América Latina e do Caribe é de 55% e cai para 20% naqueles de menor renda, destacou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na semana passada.
Uma a cada 360 crianças e adolescentes é diagnosticada com câncer a cada ano, "mas menos da metade dos países da região (46%) conta com uma política nacional de detecção precoce da doença", incluindo os cânceres infantis, aponta a organização em seu comunicado.
"Na América Latina e no Caribe, cerca de 29.000 crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer a cada ano", diz o médico Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas, citado na nota. "Embora a taxa regional geral de sobrevivência do câncer infantil seja de 55%, ela varia significativamente segundo o país."
Nos países de menor renda da região, as taxas podem chegar a 20%, enquanto nos mais ricos chegam a 80%, aponta o escritório para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que atribui essa diferença, "principalmente, a atrasos no diagnóstico, à falta de atendimento especializado, ao acesso e disponibilidade limitados de medicamentos anticancerígenos e à mortalidade evitável devido a infecções".
Com o objetivo de alertar os pais e profissionais de saúde para os primeiros sinais dos cânceres mais comuns em menores, a Opas lançou a campanha "Em Suas Mãos", juntamente com o St. Jude Children's Research Hospital e o Childhood Cancer International.
Alguns dos sintomas comuns, explica, são fadiga, hematomas inexplicáveis, caroços ou inchaço, perda de apetite, dor de cabeça persistente, tontura, vômito e dor nos ossos.
Os cânceres infantis mais comuns apresentam "sintomas precoces detectáveis e são altamente curáveis com terapias comprovadas", afirma Marcela Zubieta, responsável pela rede latino-americana da Childhood Cancer International, citada no comunicado.
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