A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) deverá publicar, até o início de setembro, um novo edital de licitação do transporte coletivo para a área um, operada atualmente pela TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina), que atende 83% do município. No edital anterior, finalizado em julho, não houve interessados em operar a área um. Para a área dois, a empresa vencedora foi a Londrisul, que detém 17% das linhas e irá assumir agora 35% do serviço. Os novos contratos terão validade até 2034.

Concessão atual venceu em janeiro e realização de nova concorrência pública foi questionada na Justiça
Concessão atual venceu em janeiro e realização de nova concorrência pública foi questionada na Justiça | Foto: Ricardo Chicarelli

O contrato do serviço de licitação venceu em janeiro, mas com a demora na conclusão do processo licitatório, a prefeitura obteve uma liminar na Justiça para que as empresas operem até que novos contratos estejam firmados. O diretor de Transportes da CMTU, Wilson de Jesus, afirmou que não há o risco de a maior parte do território de Londrina ficar sem transporte em razão da indefinição do processo de licitação. “Se não houver interessados, vamos analisar as alternativas jurídicas para conciliar as duas áreas”, disse ele. “A gente não trabalha com a hipótese de não ter a prestação do serviço. A prioridade é que não falte o serviço para os usuários.”

Em Apucarana (Centro-Norte), o serviço de transporte coletivo funciona com permissão precária desde 1974 e desde junho do ano passado o município tentava finalizar a concorrência pública para concessão do serviço, mas o processo esbarrou em contestações técnicas das empresas concorrentes. Em maio deste ano, a VAL (Viação Apucarana Ltda.), que já presta o serviço no município, foi a única empresa a apresentar proposta. A expectativa é de que até o final de agosto o processo seja finalizado. O contrato será válido por 15 anos e o valor supera os R$ 300 milhões.

Com o novo contrato, o superintendente de Trânsito e Transporte do Idepplan (Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana), Carlos Mendes, prevê “um salto de qualidade no serviço” em razão das exigências previstas para a concessão do serviço e o retorno de usuários, embora o preço da passagem deva saltar dos atuais R$ 3,10 para até R$ 3,40. “Os ônibus vão poder ter, no máximo, quatro anos, haverá uma renovação na frota. O serviço contará com wi-fi e tecnologia que permitirá ao município controlar as linhas, o tempo da viagem, o número de passageiros. Vamos ter todos os números e relatórios em tempo real. Estamos dando uma concessão e não privatizando o serviço”, destacou Mendes. “Vamos ter melhorias no sistema que vão impactar bastante. Em cinco anos, os 700 pontos de parada terão de ser cobertos e haverá um padrão estético a ser seguido.(S.S.)

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