Na última terça-feira (30), foram levados a leilão, presencial e online, duas fazendas que pertenciam a Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, considerado um dos maiores narcotraficantes da América do Sul. As propriedades ficam em Marcelândia, no norte mato-grossense, e juntas passam de um milhão de hectares. O valor de avaliação passa de R$ 8,7 milhões. Esse primeiro leilão, no entanto, não teve interessados e os bens voltarão a ser ofertados em um novo leilão, marcado para o dia 13 de agosto.

Cabeça Branca foi preso pela PF (Polícia Federal) em Sorriso (MT), em julho de 2017, na Operação Spectrum, deflagrada para desarticular organização criminosa transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Cabeça Branca foi apontado pela polícia como líder da organização, que fornecia drogas às principais facções criminosas do Brasil: o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).

Quando foi preso, o traficante estava foragido da Justiça há 32 anos. Ele era procurado até mesmo pela Interpol. Para fugir da prisão, pintou os cabelos que lhe renderam o apelido e chegou a fazer plásticas faciais para mudar a aparência. A PF estima que com o crime Cabeça Branca tenha amealhado uma fortuna em bens no valor de US$ 200 milhões.(S.S.)