O conhecimento acumulado ao longo dos anos em tecnologia ajudou o Brasil a evoluir em seu programa espacial. O País é signatário de missões espaciais de grande porte e a parceria com potências como a China e os Estados Unidos, por exemplo, viabilizou o início da missão Alfa Crux por cientistas brasileiros, um sistema de nano-satélite que usa largura de banda estreita para criar conexões de dados e voz em órbita baixa.

Tanto na área civil quanto na área militar, a expectativa é utilizar o programa para melhorar o monitoramento agrícola, o nível de água dos rios e reservatórios e aprimorar a tecnologia de comunicação entre dispositivos (M2M) e a IoT (Internet das Coisas). Os nano-satélites ainda podem ser usados na área de defesa, para garantir a comunicação entre tropas em regiões remotas, onde a infraestrutura de comunicação em terra não é confiável. Serviços que antes eram prestados por grandes agências espaciais e grandes missões.

“Temos equipe qualificada no País. Nós temos pesquisadores e profissionais com know-how no setor, com uma excelente capacidade técnica”, ressaltou o cientista Renato Borges, especialista do IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers). Ao avaliar o programa espacial brasileiro, afirmou ele, é possível perceber indicadores que apontam uma evolução nos últimos anos. “Temos o primeiro geoestacionário que o Brasil assume o comando e o controle. É uma série de ações que se elencarmos, é possível perceber essa evolução histórica.”(S.S.)

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