CONTAS SUSPEITAS Zé Alex tem novo pedido contra sigilo Arquivo FolhaZé Alex: mais crimes nas costas Hugo Marques Agência Estado De Brasília O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, apresentou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) novo pedido de quebra de sigilo bancário do deputado Zé Alex (PSL-AC), desta vez para apurar desvio de recursos da Câmara de Rio Branco. O procurador pediu ainda que o inquérito do caso seja enviado à Polícia Federal (PF) para que, nos próximos 60 dias, seja feito laudo pericial para identificar o destino da verba. Esta é a quarta denúncia que Brindeiro faz contra Zé Alex. O pedido de Brindeiro foi feito com base em denúncia do Ministério Público (MP) do Acre, que levantou desvios de R$ 1,2 milhão na Câmara de Rio Branco, entre 1997 e 1999. Zé Alex era primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara na época em que surgiram as denúncias de desvio de verbas. Além de Zé Alex, a denúncia envolve a presidente da Mesa Diretora no período, Gisélia Nascimento da Silva. O MP do Acre concluiu que Zé Alex e Gisélia ‘‘realizaram pagamentos de forma fraudulenta’’, com o propósito de ‘‘auferir vantagens em detrimento do erário municipal’’. Zé Alex e Gisélia são acusados de alterar valores de notas fiscais de prestadores de serviços para ficar com uma parcela do dinheiro. O deputado acreano ficou em situação ainda mais complicada nesta semana. Em depoimento para a Corregedoria da Polícia Civil do Acre, uma testemunha acusa Zé Alex de ser o mandante da execução do presidiário Francisco Camilo da Silva por causa de um acerto de contas por venda de cocaína. O corpo de Camilo da Silva foi encontrado no Lago do Amapá (AC), em 4 de julho de 1997, sem o crânio. - A cabeça dele foi localizada alguns dias depois, num igarapé.