Agentes do Gaeco entram na Câmara de Londrina para cumprir mandados de busca e apreensão nos gabinetes de Rony Alves e Mário Takahashi
Agentes do Gaeco entram na Câmara de Londrina para cumprir mandados de busca e apreensão nos gabinetes de Rony Alves e Mário Takahashi



O procurador jurídico da Câmara Municipal de Londrina, Miguel Aranega Garcia, disse que limitou-se a cumprir o mandado expedido pela Justiça, que determinou a busca e apreensão nos gabinetes dos vereadores Mário Takahashi (PV), presidente do Legislativo, e Rony Alves (PTB), e também o afastamento dos parlamentares por 180 dias. "Apenas cumprimos a determinação do mandado judicial", disse o procurador. Sobre a convocação dos suplentes dos vereadores, ressaltou Garcia, o chamamento só acontece após transcorridos 120 dias do afastamento mesmo que os 180 dias já tenham sido determinados.

A Câmara está em recesso e os vereadores retomam as sessões no próximo dia 1º de fevereiro. "Os trabalhos continuam normalmente. Temos um número razoável de vereadores que podem dar continuidade aos projetos." O procurador disse que ainda irá analisar se os parlamentares afastados continuarão recebendo seus salários durante o período de afastamento.

O vice-presidente do Legislativo, Ailton Nantes (PP), irá assumir a presidência durante o período em que Takahashi estiver ausente. Ele disse estar surpreso com a divulgação do esquema pelo Gaeco, que apontou a participação dos dois colegas no esquema de corrupção. "A gente nunca imagina essa situação, mas não temos nenhuma informação concreta do processo. É uma situação desagradável para a Casa e para cidade, não tenho dúvida nenhuma, mas estamos trabalhando no sentido de que os trabalhos na Câmara prossigam normalmente para que não haja mais prejuízo para a cidade."

Nantes disse ainda que o caso será tratado com normalidade pelo Legislativo, dentro da legalidade, e que deverá ser discutido pela Mesa Diretora. "Vamos ver quais diretrizes vamos tomar. As decisões deverão ser tomadas sem precipitações."

Sobre os projetos para mudanças na lei de zoneamento urbano, o vice-presidente afirmou que esse tipo de proposta não é ilegal quando feita dentro dos trâmites jurídicos normais, com análise técnica. "Dessa forma não tem problemas em ser aceito e colocado em plenário para votação. É óbvio que há projetos que temos que analisar com mais cautela porque envolvem coisas maiores, mas a princípio, não há nenhuma ilegalidade nesse tipo de projeto. Só é preciso analisar caso a caso. Acredito que na maioria dos casos a Câmara sempre toma cuidado."(S.S.)