Os vereadores da Comissão de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude realizaram vistoria no PAI (Pronto Atendimento Infantil) na manhã desta quinta-feira (21). Os parlamentares Jessicão (PP), Mara Boca Aberta (sem partido) e Giovani Mattos (Podemos) foram verificar como está sendo realizado o serviço prestado pela unidade na área de urgência e emergência pediátrica, após reclamações de usuários sobre lotação e demora no atendimento.

A presidente da comissão, vereadora Jessicão, informou que os parlamentares encontraram sala de espera praticamente vazia, situação diferente do verificado nos dias anteriores, quando ela recebeu relatos de espera de até sete horas. Ela creditou a agilidade no atendimento à presença dos parlamentares na unidade de saúde.

“Fiquei bem surpresa porque essa foi uma semana bem atípica, todos os dias a gente recebeu reclamações, recebeu vídeos. Eu mesma liguei aqui, pela nossa comissão, doze vezes pedindo números [de atendimentos] e tempo de espera. Segunda-feira, neste mesmo horário eu tava ligando aqui e a espera estava em mais de uma hora e meia. Aqui, agora, em 15 minutos a pessoa já é atendida”, disse.

No momento da visita, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, informou que a escala de médicos estava completa, com nove pediatras de plantão, o que proporcionou agilidade no atendimento. Segundo ele, na segunda-feira pela manhã, o tempo médio de espera era de 35 minutos, sendo que nesta quinta, estava em 15 minutos. Além disso, afirmou que somente na última quarta-feira (20) foram abertas 600 fichas de atendimento e realizadas quase 900 consultas médicas.

Após a visita, a comissão pretende enviar pedidos de informação à Prefeitura de Londrina solicitando os dados dos atendimentos no PAI dos últimos 30 dias, detalhando quais doenças foram diagnosticadas, quais os bairros e cidades de origem dos pacientes e número de faltas dos funcionários, além de informações sobre a presença de pediatras nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Por fim, a comissão também deve fazer uma indicação ao Executivo para que sejam alocados pediatras em, ao menos, uma das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). “Isso ajudaria demais. O PAI está sobrecarregado. A gente entende que, se você dividir, tirar um pouco só do PAI a obrigação de atender criança, você ajuda neste tempo de espera e desafoga um pouco aqui”, argumentou.