Vereadores cobram de diretor da CMTU renovação da frota dos ônibus
Em sabatina na Câmara, Wilson de Jesus diz que companhia permitiu prorrogação da idade da frota de dez anos até o final de 2022
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
Em sabatina na Câmara, Wilson de Jesus diz que companhia permitiu prorrogação da idade da frota de dez anos até o final de 2022
Reportagem local
O diretor de Transporte da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson de Jesus, participou da sessão desta quinta-feira (18) da Câmara Municipal de Londrina (CML). Ele foi questionado sobre o cumprimento de itens dos contratos de concessão do transporte coletivo urbano apontados no relatório final da Comissão Especial dos Transportes Públicos da CML, que entregou seu relatório final em junho deste ano. O convite para a participação feito pela vereadora Mara Boca Aberta (Pros), que presidiu a comissão especial.
Mara cobrou a renovação da frota, cujos ônibus devem ter no máximo dez anos de fabricação, conforme os contratos de concessão firmados entre o Município e a Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e a Londrisul Transportes Coletivos. Segundo a CMTU, atualmente a TCGL possui 204 ônibus, sendo 80 deles com mais de dez anos (55 ônibus com 11 anos de uso e outros 25 coletivos com dez anos de idade). Já a Londrisul coloca à disposição de Londrina 123 veículos, sendo 14 deles com 10 anos de circulação.
“Em quase metade da frota da Grande Londrina tem que ser feita a troca e tem as subsequentes, que vão vencendo durante os anos, já que a vida útil destes ônibus [no início do contrato] era de 5 ou 6 anos, conforme a licitação, mas nós temos ônibus com vida útil de 9 anos, que já entraram na frota e já foram vencendo, que são esses que estão vencidos e estão em circulação”, disse a vereadora Mara Boca Aberta.
Wilson de Jesus informou que, apesar da previsão contratual de dez anos de vida útil dos coletivos, a companhia permitiu a prorrogação da idade da frota até dezembro de 2022, diante do cenário econômico do início do ano. Segundo ele, as concessionárias apresentaram na semana passada um Plano Anual de Renovação da Frota para 2023, prevendo a substituição de todos os 94 veículos com idade acima da permitida.
Pagamento de isenções
As vereadoras Mara Boca Aberta e Jessicão (PP) indagaram Wilson de Jesus sobre o pagamento do aporte de até R$ 25 milhões, previsto na lei municipal 13.340/2022, aprovada pela Câmara de Londrina em janeiro de 2022, e que autoriza o pagamento da tarifa de passageiros isentos, como idosos e pessoas com deficiência. O diretor de Trânsito disse que a CMTU ainda não contratou as gratuidades previstas na lei municipal e que o processo se encontra em análise na Secretaria Municipal de Gestão Pública para definir a melhor forma para registrar os usuários isentos. Jesus explicou que lei federal veda o controle de acesso de idosos aos ônibus, bastando apresentar RG para entrar gratuitamente nos veículos. Segundo ele, está em estudo realizar um cadastro voluntário deste público. Já a lei municipal 5.496/1993 veda o controle do registro de viagens dos agentes de endemias e integrantes das forças de segurança.
O diretor de Transportes da CMTU informou que a Secretaria Municipal de Fazenda tem repassado às concessionárias os valores referentes à diferença de custeio do serviço de transporte coletivo, isto é, a diferença da tarifa paga pelo usuário, de R$ 4, para 5,45, que é a tarifa técnica definida pela CMTU. Porém, disse não ter em mãos os valores exatos para repassar aos vereadores.
Wilson de Jesus informou também que está em análise pela CMTU os pedidos das concessionárias de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos referentes a 2021, num total solicitado de R$ 41 milhões.
Número de passageiros
Conforme dados apresentados aos vereadores, o número de viagens mensais no transporte coletivo de Londrina cresceu de 1,69 milhão em janeiro de 2022 para 2,43 milhões em setembro deste ano. O diretor da CMTU informou ainda que em agosto de 2022 o número de passageiros atingiu o recorde do ano, com 2,6 milhões de viagens, o que corresponde a 90% dos deslocamentos mensais em comparação com o período pré-pandemia. Wilson de Jesus atribuiu esse aumento no número de passageiros ao aporte financeiro realizado pelo Município que possibilitou a redução da tarifa. “É comprovado que a política de redução de preços trouxe um número de passageiros para o sistema do transporte coletivo”, afirmou. (Com assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Londrina)
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