A medida de encaminhar para o fim da fila quem quiser escolher vacina anticovid, que já está em vigor após decreto municipal na cidade de Nova Esperança (noroeste do Paraná), já tem novos adeptos no Estado. Inspirada em outras cidades, a vereadora de Londrina Flavia Cabral (PTB) sugeriu que a Prefeitura de Londrina também adote o mesmo procedimento para os munícipes que se recusarem a tomar a vacina na unidade de saúde em que agendarem a vacinação, exigindo outra marca. Ela encaminhou a indicação ao Executivo pela Câmara Municipal no início da sessão desta terça-feira (6).

Segundo a sugestão, aqueles que se recusarem a se vacinar em decorrência da marca da vacina devem assinar um documento responsabilizando-se pela escolha. E no caso de recusa da assinatura, sugere-se que dois profissionais que estiverem trabalhando no local assinem o documento, dando fé ao ocorrido. "Quando eu escolho a vacina, atraso o desenvolvimento da imunização e protelo o processo de retomada da rotina da sociedade", pontua a vereadora. Segundo Flavia Cabral, há viabilidade jurídica para a implantação do novo protocolo de imunização. "Precisamos disso porque o ato de vacinação é coletivo, não individual."

Imagem ilustrativa da imagem Vereadora sugere encaminhar para fim da fila quem escolher vacina em Londrina
| Foto: Devanir Parra/CML

Projeto semelhante começou a tramitar nessa segunda-feira (5) na Assembleia Legislativa do Paraná e é de autoria da deputada Cristina Silvestre (CDN). A parlamentar justifica que a medida já começou a ser aplicada em outras partes do país e auxiliará para que o calendário de vacinação do Paraná e dos municípios não atrase, além de ajudar a evitar que os municípios percam doses.

Cristina argumenta que todas as vacinas usadas no Brasil em combate à Covid-19 são previamente analisadas e liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "Quando há ressalva de vacinação de determinados grupos, como grávidas, o próprio Ministério da Saúde restringe a vacinação. Portanto, não há motivo para escolha por fabricantes. É um direito de cada cidadão não se vacinar, mas também é um direito do Poder Público criar mecanismos que combatam ações que comprovadamente prejudicam o andamento da principal forma de enfrentamento ao coronavírus: a vacinação."

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| Foto: Dalie Felberg/Alep

Questionada por meio da assessoria de imprensa, a gestão Marcelo Belinati (PP) ainda não fez manifestação oficial sobre o pedido.