O aumento de quase 20% na tarifa do transporte coletivo de Londrina levou o vereador Santão (PSC) a propor um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para suspender a eficácia da Lei Municipal 13.340/2022. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ele afirma que é essa a legislação que possibilitou o que classifica como “aumento abusivo” da tarifa neste ano.

“Em Londrina, temos uma lei que permite ao Executivo autorizar esses aumentos, esses reajustes absurdos”, diz o parlamentar.


A Prefeitura de Londrina, quando anunciou o reajuste de R$ 0,95, afirmou que o município iria praticar essa nova tarifa “com base na Lei Municipal 13.340, aprovada pela Câmara Municipal em 2022, que garante a possibilidade do custeio das gratuidades do sistema”.


À FOLHA, o vereador afirma que houve reclamação da população londrinense, “inclusive com sentimento de revolta”.


“O salário das pessoas não aumentou 20% neste ano. Os ganhos das pessoas continuou no patamar anterior ou no patamar inflacionário, e são justamente as pessoas mais pobres que têm a necessidade de usar o transporte coletivo”, disse.


Segundo o parlamentar, quando a CML (Câmara Municipal de Londrina) aprova uma lei e “a gente acaba vendo que ela é ruim”, é necessário discuti-la novamente e “mostrar que a lei está trazendo prejuízo à população, o que de fato ocorre”.


Um segundo passo será protocolar outro projeto propondo que o aumento dos serviços concessionados não seja superior ao índice da inflação, ocupando o espaço que a Lei 13.340/2022 vai deixar caso tenha sua eficácia suspensa. “Porque você vai trazer para a pessoa que está usando esses serviços uma condição para utilizá-los."


Santão reforça que “não adianta legislar enquanto existir essa lei” e que o processo “pode ser feito muito rápido pela CML”, com pedidos de urgência. “Precisa haver uma vontade política nesse sentido”.