Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná negaram o pedido de habeas corpus da defesa do ex-prefeito de Astorga (Noroeste) Arquimedes Ziroldo, o Bega (PTB), e mantiveram a decisão que decretou a prisão preventiva do político, que passa a ser considerado foragido. A FOLHA procurou a defesa de Ziroldo, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Imagem ilustrativa da imagem TJ nega habeas corpus e ex-prefeito de Astorga é considerado foragido
| Foto: Vivian Honorato/N.Com

A partir de investigações realizadas pelo Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) e pela promotoria de Astorga, Ziroldo foi alvo da Operação Alavanca. A ele são imputados os crimes de organização criminosa, fraude à licitação, concussão, lavagem de ativos e de crimes de responsabilidade. Segundo o que o Ministério Público aponta, o ex-prefeito fazia parte de um grupo que constituía empresas para fraudar licitações ao Cindepar (Consórcio intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná).

Ziroldo chegou a ser preso com o filho, a nora e um homem apontado como laranja de uma empresa da família, em setembro de 2019, quando a investigação se tornou pública. O político foi solto mediante medidas cautelares. Na decisão, é informado que ele descumpriu a ordem de ficar em casa depois das 22h por três vezes. Ainda foi levada em consideração a denúncia de 2020 de um possível crime eleitoral, no qual teria oferecido e entregue R$ 800 a uma eleitora para que votasse e lhe desse apoio político na campanha municipal.