A Justiça Eleitoral realizou nesta terça-feira (17), em solenidade na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Londrina, a diplomação do prefeito eleito Tiago Amaral (PSD) e de seu vice, Junior Santos Rosa (PL), eleitos com 143.745 votos. Também foram diplomados os vereadores eleitos Anne Ada (PL), Antonio Amaral (PSD), Marcelo Oguido (PL), Marinho (PL), Michele Thomazinho (PL), Régis Choucino (PP), Sidnei Matias (Avante) e Valdir Santa Fé (PP); e os reeleitos Matheus Thum (PP), Mestre Madureira (PP), Roberto Fú (PL), Santão (PL), Chavão (Republicanos), Deivid Wisley (Republicanos), Emanoel Gomes (Republicanos), Flávia Cabral (PP), Giovani Mattos (PSD), Jessicão (PP) e Lenir De Assis (PT), que comporão a 19ª Legislatura (2025-2028), assim como os suplentes das coligações vencedoras.

A diplomação foi aberta com a execução do Hino Nacional Brasileiro pelo violinista Roney Marczak, seguido de um pronunciamento do juiz eleitoral Mauro Ticianelli, responsável pela 157ª ZE (Zona Eleitoral) de Londrina. Atendendo à imprensa, o magistrado fez um balanço positivo do processo eleitoral no município.

“Os dias da eleição, sinceramente, são os melhores. Então, foi tudo muito bem, as urnas novas funcionaram e tenho a impressão que ficou muito clara a segurança do processo, um processo aberto e plural, com as várias metas que o Tribunal conseguiu implementar neste ano”, avaliou.

O presidente do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, ressaltou que a diplomação encerra o processo eleitoral e dá segurança jurídica para a posse.

"A diplomação daqueles que foram eleitos é um ato muito importante. Há um reconhecimento da Justiça Eleitoral de que a prestação de contas está correta e é um requisito para tomar posse no dia 1° de janeiro. É esse coroamento da festa democrática”, disse Bengtsson, que entende que foi possível alcançar eleições seguras e pacíficas.

“A gente compara, até com outros locais, com outros estados, ainda bem que aqui não houve nenhum caso de homicídio, de lesão corporal, uma coisa mais grave em relação ao processo eleitoral. Sabemos que é sempre intenso, aqui em Londrina, por exemplo, foi uma eleição bem intensa, mas o objetivo era chamar atenção para termos eleições pacíficas”, acrescentou.

‘ESPINHA DORSAL’ DEFINIDA

O prefeito eleito Tiago Amaral ressaltou que “a vontade do povo londrinense” expressa nas urnas "se transforma em algo juridicamente perfeito".

“Eu estou muito feliz, é um momento muito especial para mim, por tudo aquilo que eu venho construindo ao longo do tempo, pela confiança e pela responsabilidade que o povo de Londrina depositou em mim”, disse Amaral em entrevista coletiva.

O próximo prefeito ressaltou que a vitória na corrida pela Prefeitura foi o momento mais especial da sua caminhada política, que começou em 2014, quando foi eleito pela primeira vez deputado estadual. “Estou realmente muito feliz e grato, me sentindo muito responsável por tudo aquilo que temos pela frente.”

Mais perto de sentar na cadeira de prefeito, Amaral evitou citar nomes que comporão seu secretariado, mas adiantou que a “espinha dorsal” da sua gestão já está definida.

“Estou me dedicando muito para conseguir selecionar pessoas que, de fato, estão à altura de entregar esse nível de compromisso e de expectativa que as pessoas têm”, frisando que o desafio é que alguns desses nomes estão “com a vida completamente abarrotada de serviço, de coisas para fazer”.

Apesar de não descartar a possibilidade, o prefeito eleito disse que ainda não conversou com nenhum vereador para assumir cargos no Executivo. “Temos grandes nomes ali que, eventualmente, podem ser escolhidos.”

Já sobre uma possível reforma administrativa, visando reduzir as secretarias da Prefeitura, por exemplo, Amaral ressaltou que vai dar mais detalhes após sua posse. “Tudo isso está em discussão, não tem nada fechado ou definido.”

‘SOMOS TODOS IGUAIS’

Reeleito com 16.212 votos, Deivid Wisley (Republicanos) é o vereador mais votado da história de Londrina. Ele destacou que a diplomação é a confirmação de mais quatro anos atuando no Legislativo e que todos os parlamentares são iguais, independentemente da votação. “Temos que unir forças por Londrina, cada um tem um jeito de trabalhar, uma forma, cada um tem uma demanda, uma área específica, uma causa. Mas Londrina é uma só e precisamos ter união por ela”, reforçou.

POSSE NA CÂMARA

A CML (Câmara Municipal de Londrina) realizará no dia 1º de janeiro de 2025 a Sessão Solene de Instalação da 19ª Legislatura para dar posse aos vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos para o mandato de 2025 a 2028. Será a primeira sessão de posse presencial em oito anos, visto que a anterior, em 2021, foi realizada remotamente devido à pandemia de covid-19. A solenidade ocorrerá na sede oficial da Câmara, no Centro Cívico.

A solenidade de posse será presidida pelo vereador Roberto Fú, pois o Regimento Interno da CML dispõe que a sessão de instalação deve ser comandada pelo vereador mais idoso. Também comporão a mesa que dirigirá a cerimônia a vereadora Jessicão, como primeira-secretária, pois a parlamentar representa o partido que obteve maior número de cadeiras na Casa, seis no total, mesma quantidade do PL, já representado por Fú; e o vereador Deivid Wisley, como segundo-secretário, pois foi o mais votado da legislatura.

Na sequência, haverá a execução do Hino Nacional Brasileiro e a leitura do texto bíblico pelo vereador Matheus Thum, o mais jovem da Câmara, com 30 anos. Posteriormente, a leitura do compromisso será realizada pela vereadora Lenir de Assis.

Pelo Regimento Interno, este momento é reservado ao parlamentar com maior número de mandatos entre os presentes. Neste caso, Lenir e Emanoel Gomes iniciarão o quarto mandato, porém, em caso de empate, cabe ao mais idoso fazer a leitura. Após a posse, o prefeito poderá discursar por 15 minutos, seguido do vice-prefeito, por mais cinco minutos. Em seguida, cada vereador poderá usar a palavra por até três minutos cada. (Com assessoria da CML).